Para especialistas, avanço da cepa é inferior ao previsto Em SP, 4% das amostras são positivas
A variante delta do novo coronavírus não teve, ao menos por ora, a proliferação prevista pelos especialistas em São Paulo.
Segundo dizem, a continuidade de obrigação do uso de máscaras, a grande quantidade de pessoas contaminadas e ainda as medidas de restrição colaboraram para que a expansão não tenha sido tão rápida no estado e na cidade de São Paulo quanto foi em Israel, Nova York e Londres, onde a cepa se alastrou.
“Felizmente, a variante delta não entrou no Brasil com a velocidade que temíamos. Alguns até especulam uma espécie de justificativa ecológica, uma competição com a variante gama, não disseminada em outras metrópoles. E precisamos lem
Londres
Israel
Nova York
Rio de Janeiro
São Paulo
26/05/2021 brar que em alguns locais o uso da máscara foi abolido, o que pode ter influído diretamente na disseminação”, afirma o infectologista
Carlos Magno Castelo Branco Fortaleza, professor da Faculdade de Medicina da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Botucatu (238 km de SP) e presidente da Sociedade Paulista de Infectologia.
Por outro lado, para pesquisadores ligados ao projeto SP Covid-19 Info Tracker, uma plataforma desenvolvida por pesquisadores da USP e da Unesp para estatísticas da doença, a proliferação é mera questão de tempo e já pode ocorrer a partir de setembro.
A projeção foi feita levando em consideração a data de chegada da variante delta em Israel, Nova York e Londres. Segundo análise dos pesquisadores, os aumentos começaram a ocorrer, em média, 80 dias após a confirmação dos primeiros casos da cepa.
Pela análise deles, mesmo medidas como o uso de máscara ou o distanciamento social é possível a expansão no número de casos no estado e capital no próximo mês por causa da transmissibilidade do vírus. (CF)
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, um estudo do instituto Adolfo Lutz do, dia 1º de agosto, indicou que a variante delta foi detectada em 4% das amostras analisadas.
Até agora, ela foi encontrada em três regiões: Grande São Paulo, Baixada Santista e Taubaté.
Segundo o mesmo estudo, a variante gama ainda responde pela maioria absoluta dos casos de Covid-19 no estado de São Paulo.
O balanço mais recente do Centro de Vigilância Epidemiológica indica que já foram detectados 231 casos da variante delta, sendo 52 autóctones (contraídos no estado), 10 importados e 169 ainda em investigação.
Dados apresentados na quarta-feira (18) durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes indicam queda de 9% no número de casos, e de 4,3% na quantidade de internações.
A pasta reitera a importância de continuidade das medidas de prevenção contra o coronavírus, tais como o uso de máscaras, higienização das mãos e evitar aglomerações. (CF)
pessoas morreram
no país desde o início da pandemia doses de vacina foram aplicadas até ontem
no estado de SP