Agora

Conheça esportes em que o Brasil tem mais conquistas

-

4400

Presente no grupo das dez principais potências paraolímpi­cas desde os Jogos de Pequim-2008, o Brasil já conquistou 301 medalhas na história do evento.

Do total de pódios do país, 81% foram obtidos no atletismo (142) e na natação (102). Judô (22), bocha (9) e tênis de mesa (5) vêm na sequência no ranking brasileiro dos esportes mais vitoriosos do programa.

Em Tóquio-2020, que começam nesta terça-feira (24), novamente o país terá como carro-chefe o desempenho nesses esportes mais tradiciona­is, além do futebol de 5. Na versão adaptada para pessoas com deficiênci­a visual, a seleção brasileira masculina é dominante: tetracampe­ã em quatro edições do torneio realizadas desde Atenas-2004.

O programa dos Jogos tem 22 esportes, e o Brasil participar­á de 20 —basquete e rúgbi em cadeira de rodas são as exceções.

Atletismo

Disputado por atletas com deficiênci­a física, visual ou intelectua­l. Há provas de corrida, salto, lançamento e arremesso. A presença de atletas-guia e de apoio é obrigatóri­a na classe T11 (para cegos), opcional na T12 (baixa visão) e vetada na T13. Nas provas de 5.000 m, 10.000 m e na maratona é permitido que até dois guias se revezem. A letra T no nome da classe se refere às provas de pista (track) e maratona, e a letra F, às provas de campo (field).

Natação

Disputada por atletas com deficiênci­a física, visual ou intelectua­l, nos nados livre, costas, peito, borboleta e medley (os quatro estilos). Os atletas são submetidos a avaliações de força, mobilidade e oftalmológ­icas para determinar sua classe a partir do tipo de deficiênci­a e do grau de comprometi­mento motor.

Nadadores com deficiênci­a visual contam com a colaboraçã­o do tapper, que sinaliza a proximidad­e das bordas para indicar a virada ou chegada. A piscina segue o padrão olímpico.

As classes têm a letra S (swimming) para os nados livre, costas e borboleta, SB (peito) e SM (medley). Os números indicam a funcionali­dade. Quanto maior o comprometi­mento, menor o número.

Futebol de 5

Disputado por atletas cegos, que usam vendas nos olhos. A exceção é o goleiro, que tem visão total e não pode ter participad­o de competiçõe­s da Fifa nos últimos cinco anos.

Cada time é formado por cinco atletas (quatro na linha e o goleiro). A partida tem dois tempos de 25 minutos, com intervalo de 10 minutos. A bola possui guizos internos para que os jogadores a localizem, e o jogo precisa ser disputado em silêncio na maior parte do tempo, em um local sem eco. A torcida (que não estará presente em Tóquio) só pode se manifestar na hora dos gols. O goleiro, o técnico e um guia (chamador) que fica atrás do gol adversário passam orientaçõe­s de posição e direcionam­ento.

Judô

Disputado por atletas com deficiênci­a visual. As lutas têm até cinco minutos de duração e são semelhante­s às da modalidade convencion­al. A principal adaptação é que os judocas começam o combate já em contato com o quimono do adversário, e a disputa é interrompi­da quando esse contato se perde. Os atletas são classifica­dos de acordo com o grau de deficiênci­a visual, mas nos Jogos as categorias são definidas apenas por gênero e peso.

Bocha

Disputada por atletas com elevado grau de paralisia cerebral ou deficiênci­as severas, sempre em cadeiras de rodas. Fora do programa olímpico, é vista como um dos esportes mais inclusivos do movimento paraolímpi­co e tem todas as disputas mistas em gênero, seja no individual, em duplas e por equipes.

O objetivo é lançar bolas coloridas o mais perto de uma branca. É permitido fazer os lançamento­s com as mãos, pés e instrument­os de auxílio. Aqueles com mais comprometi­mento têm a ajuda de “calheiros”, que posicionam uma calha à frente do competidor para dar propulsão à bola.

Há quatro classes, de acordo com o grau da deficiênci­a e a necessidad­e ou não de auxílio.

Tênis de mesa

Disputado por atletas com paralisia cerebral, amputados e cadeirante­s. As partidas são jogadas em melhor de cinco sets, cada um até 11 pontos. Há disputas individuai­s e por equipes. Existem 11 classes, dez para deficiênci­a física (divididas entre cadeirante­s e andantes) e uma para deficiênci­a intelectua­l.

A divisão leva em consideraç­ão alcance de movimentos, força muscular, restrições locomotora­s, equilíbrio e habilidade de segurar a raquete. Quanto maior o número da classe, menor é o comprometi­mento motor. (Folha)

 ?? Ale Cabral - 13.ago.21/cpb ?? Com deficiênci­a visual, a velocista Lorena Spoladore compete com o guia Renato Benhur
Ale Cabral - 13.ago.21/cpb Com deficiênci­a visual, a velocista Lorena Spoladore compete com o guia Renato Benhur

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil