Em SP, só pessoas imunizadas terão acesso a grandes eventos
Medida chegou a ser anunciada também para bares e restaurantes, mas prefeitura recuou da ideia
Quem quiser entrar em grandes eventos na capital paulista a partir do próximo dia 30 terá de comprovar que tomou ao menos uma dose da vacina contra o novo coronavírus.
A regra do “passaporte de vacina” foi anunciada na manhã desta segunda-feira (23) pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), durante o início da vacinação de crianças de 12 anos com comorbidades, no shopping Vila Olímpia, na zona sul da cidade.
A ideia é de disponibilizar os dados das pessoas imunizadas na capital para comerciantes e organizadores de eventos por meio da plataforma e-saúdesp. A partir disso, será possível controlar a entrada de apenas pessoas vacinadas em eventos e no comércio.
O prefeito chegou a incluir bares e restaurantes na medida, mas, horas depois, a prefeitura voltou atrás e disse que para esses setores o passaporte da vacina será uma “recomendação”.
A afirmação do prefeito ocorreu após ele ser questionado por um repórter se o “passaporte da vacina” também seria válido para bares e restaurantes. “Sim, sim, sim”, afirmou Nunes.
Procurada para esclarecer a fala de Ricardo Nunes Nunes, a Prefeitura de SP não respondeu até a conclusão desta edição.
“O prefeito [Ricardo Nunes] anunciou que eventos na capital vão precisar do passaporte cujo aplicativo vamos disponibilizar. Jogos, feiras, congressos, etc. O resto é recomendação”, afirmou o secretário Edson Aparecido ao Agora na tarde desta segundafeira (23), ao ser questionado sobre a medida.
Segundo Aparecido, até sexta-feira (27) será lançado um aplicativo com a comprovação da vacinação, para ser usado pelos paulistanos.
“Quando liberar o aplicativo, é só se cadastrar no site da prefeitura, informando a unidade onde foi imunizado e a data. Após a conferência das informações, a pessoa fica autorizada a entrar nos ambientes”, disse.
Aparecido acrescentou que será preciso direcionar o celular para um QR Code no estabelecimento, que também precisará ter o aplicativo. A partir daí será informado se o cliente foi imunizado com ao menos uma dose da vacina contra o novo coronavírus.
“Caso não constar vacina, a pessoa terá de ser barrada. A Vigilância Sanitária irá fiscalizar os estabelecimentos e, caso alguém sem vacina esteja no local, uma multa será aplicada”, afirmou Nunes.