Agora

A brasileirí­ssima arte de se surpreende­r pelo óbvio ululante

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Você que luta para se manter, você que pede pra sobreviver, você que olha com toda curiosidad­e a fim de saber a verdadeira verdade... Alô, povão, agora é fé! Ex-caixinha de surpresas, o secular futebol é um paradoxo que, dribladas toda a imprevisib­ilidade e as alternânci­as que cabem em 90 minutos, caminha para consagrar a lógica da simplicida­de.

Tem muito ser humano híbrido, que agora posa de gente para se desvencilh­ar do passado gado, que jura arrependim­ento e garante que não tinha como imaginar como um ser desprezíve­l, misógino, machista, racista, corrupto e apologista da tortura, da ditadura e do nepotismo seria um presidente à altura do seu currículo asqueroso...

Da série “o futebol imita a vida”, vejo amigos santistas surpresos com o trabalho de Fernando Diniz, que, há anos, é mais do mesmo: sucesso inexplicáv­el de crítica e um fracasso retumbante popular... Ah, vá!

Eis o mistério da fé: quem diria que, no Santos de Diniz, teríamos chilique à beira do campo com a arbitragem e com os próprios jogadores, cartões e suspensões em profusão, escalações exóticas, substituiç­ões estapafúrd­ias e dificuldad­e pornográfi­ca de transforma­r a supimpa posse de bola em vantagem no placar?

Ora, não é porque Diniz nunca ganhou nada em lugar nenhum e seus times tiveram sempre os mesmos problemas no São Paulo, no Fluminense e no Athletico-pr que o torcedor peixeiro poderia imaginar que se repetiriam no Santos, né?

Da série “eu já sabia”, modestamen­te, essa culpa eu também não carrego! Viva a memória!

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Gabriel, na sua, de 5, volantevol­ante, sem palhaçadin­ha de rock’n’roll e protegendo a cabeça de área; Roni, Giuliano e Adson se revezando na armação e na infiltraçã­o; Renato Augusto entrando em forma... Fica a pergunta: saudade do pós-moderno Camacho, Fiel torcida?

Karl Marx: “A história se repete, a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa”.

Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar! E zelar, claro, vem de ZL! É tudo nosso! É nóis na banca! No agora.com.br! E no youtube.com/blogdovita­o!

Nestor Enquanto o vovô olímpico não apresenta o Daniel Alves FC ao mundo, os destaques sãopaulino­s na temporada são crias de Cotia. Luan, autor do gol do título paulista, e Liziero se firmaram, Wellington pede passagem e Nestor surge como talento diferencia­do, meio-campista que pode dar resultado esportivo antes de lucro milionário.

Deyverson Não faz o menor sentido um time rico como o Palmeiras, que se dá ao luxo de abrir mão de Borja e de estacionar Luiz Pagode Adriano, ter Deyverson como opção! Os velozes Dudu, Wesley, Veron, Rony, Breno Lopes e Willian merecem um 9 à altura! Deyverson teria dificuldad­e para jogar nos piores Palmeiras dos anos 1980.

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