Agora

Pandemia traz novos hábitos para sempre

Medidas de higiene e limpeza para prevenção da Covid-19 viraram rotina nas casas brasileira­s

- ALEXANDRE DE AQUINO

A pandemia do novo coronavíru­s está longe de terminar, mas já é possível dizer que ela mudou comportame­ntos em todo o mundo. No Brasil, alguns hábitos de limpeza e higiene que antes não eram tão valorizado­s se tornaram frequentes nas casas de todo o país.

É o caso vivido pelo designer gráfico Guilherme Criscuolo, 33 anos, e pela sua mulher, a consultora de vendas Karoline Ferreira, 30. O casal passou a tomar uma série de medidas que hoje considera essenciais, mas que antes não faziam parte de suas rotinas. Os cuidados são ainda maiores porque eles tornaram-se pais de uma menina, que atualmente tem 1 ano e meio.

Um dos hábitos adotados por ambos é sempre tirar os sapatos antes de entrar em casa. “Antes da pandemia não fazíamos isso. Ficávamos sem graça de pedir para as visitas tirarem o sapato. Mas, atualmente, coloquei uma sapateira na entrada de casa e já tem até alguns chinelos lá para oferecer”, diz Criscuolo.

Ele conta que essa é uma forma de proteção para a filha, que tem o costume de brincar no chão.

Além dos sapatos, a família também criou a rotina de higienizar as compras ou entregas que recebem e também a de lavar as mãos e usar álcool em gel.

“Sempre que volto para casa lavo as mãos. E quando estou na rua a cada cinco, dez minutos, dou uma passada de álcool gel sempre que mexi ou encostei em algo”, completa Criscuolo.

O designer diz que até mesmo a filha já participa dos hábitos de limpeza. “É até engraçado. Minha filha, às vezes, está se entretendo e brinca que está passando álcool em gel nas mãos. Qualquer vidrinho com alguma coisa ela já olha e fala: ‘álcool’ e esfrega as mãos.”

Banho

Quem também passou a adotar mais cuidados com a higiene e a limpeza foi a assistente de processo Renata Barbosa de Lima, 43.

Trocar de roupa e tomar banho ao chegar da rua são algumas dos hábitos que ela adotou. “Antes da pandemia, eu chegava da rua, fazia alguma coisa e ia tomar banho. Mas agora eu chego da rua e a primeira coisa que faço é tomar banho”, conta.

“Mas o que mais pegou foi limpar as compras. Ponho as sacolas no chão e espirro álcool”, continua.

Renata mora com outros familiares, alguns com comorbidad­es. Por isso, os cuidados são essenciais e se estendem aos sapatos que são utilizados na rua. “Eles ficam na porta de casa e só retornam para dentro depois que limpamos”, finaliza.

Já acostumada aos processos, ela admite que os hábitos seguirão após a pandemia. “Acredito que vou continuar tomando certas precauções”, afirma.

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Mathilde Missioneir­o/folhapress O designer gráfico Guilherme Criscuolo, 33 anos, e sua mulher, a consultora de vendas Karoline Ferreira, 30, passam álcool nas mãos

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