Messi joga para mostrar que existe vida fora do Barcelona
Expectativa é que argentino vista a camisa do PSG contra o Reims, neste domingo, pelo Francês
Uma das mais ferozes críticas já recebidas por Lionel Messi, 34 anos, alguém acostumado aos elogios, foi feita por Sir Alex Ferguson. O histórico técnico escocês do Manchester United (ING) explicou por que considerava Cristiano Ronaldo melhor do que o argentino.
“Cristiano é completo. Messi é um jogador do Barcelona”, comparou.
A mensagem era que fora do clube catalão o sul-americano não seria o mesmo.
O atacante português, ao sair do Real Madrid e ir para a Juventus, provocou seu maior rival ao opinar que precisava de desafios na carreira. Aquilo significa o que até então se considerava inimaginável: sair do Barcelona.
Lionel Messi deve começar o ciclo final de sua carreira neste domingo (29), quando o Paris Saint-germain vai a Reims visitar o Stade de Reims, às 15h45 (de Brasília), pelo Francês, com transmissão da ESPN.
Mauricio Pochettino sinalizou que o atacante entrará em campo pela primeira vez pelo seu novo clube. Isso provocou uma febre que o município de 154 mil habitantes jamais viu.
O gerente de ingressos do Stade de Reims disse que os bilhetes estão esgotados, algo incomum na região. Foram vendidas entradas para torcedores de países como Chile, Coreia do Sul, Índia e Tailândia, entre outros.
Os 122 pedidos de credenciamento de jornalistas representam o recorde do estádio Auguse-delune (capacidade de 21.628 pessoas).
O técnico Óscar García, do adversário do PSG neste domingo, teve de recusar dezenas de pedidos de entrevistas. Catalão, ele é uma conexão com o começo da carreira de Lionel.
García fazia parte do elenco do Espanyol que enfrentou o Barcelona em outubro de 2004, embora não tenha jogado. Messi, então com 17 anos, fez sua estreia como profissional naquela partida. Um dos zagueiros que marcaram o garoto argentino naquele dia foi Mauricio Pochettino.
É o sinal de quanto o tempo passou para o jogador seis vezes eleito melhor do mundo. Ao entrar em campo pela primeira vez com a camisa argentina, em agosto de 2005, durante amistoso contra a Hungria, um dos seus companheiros foi Lionel Scaloni, hoje treinador da seleção.
Será com a camisa do PSG e ao lado de Neymar que ele terá seus últimos anos em alto nível na carreira. A não ser que o clube francês o dispense antes do final do contrato de dois anos (com opção para uma terceira temporada). Não parece provável porque dinheiro não é problema para o clube.
Ao ser surpreendido pela notícia de que seu filho e cliente seria liberado pelo Barcelona, Jorge Messi negociou em poucos dias um acordo com a agremiação parisiense. Se ficar os três anos, Messi receberá, apenas em salários e luvas, R$ 616 milhões.
O plano original do atleta era permanecer no Barcelona até 2023 e depois se transferir para a Major League Soccer, a liga americana. O plano é viver em Miami, cidade pela qual se apaixonou durante as férias. Isso poderia fazê-lo atuar no final de carreira pelo Inter Miami, que tem como presidente David Beckham.
Caso isso se concretize, será uma frustração para a torcida do Newell’s Old Boys, seu clube do coração em Rosário, onde nasceu.
Lionel tem muito em jogo além de apenas mostrar que há vida fora de Barcelona. O PSG o contratou para, enfim, conquistar a Champions League, torneio que lhe tem escapado.
O atacante já possui quatro títulos do maior torneio europeu, mas o último aconteceu em 2015. Um novo troféu pode fazê-lo ser escolhido melhor do mundo pela sétima vez. Também serviria como aperitivo para seu maior objetivo da carreira: a Copa do Qatar em 2022, sua última tentativa de ser campeão mundial com a Argentina
Pelé de olho
O craque de 80 anos comentou uma publicação de Neymar na qual o atacante brasileiro aparece treinando ao lado de Messi e Mbappé e avisou que está “pronto para assistir”. (Folha)