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Casal entrou junto no curso de ciências contábeis

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cinco anos. Ele assiste às aulas pelo computador e não vê a hora de poder frequentar o campus. “Estou gostando do curso. É muito difícil, mas não é algo que eu não possa realizar. Não é impossível, e com um pouco de esforço você vai longe.”

A aposentada Verônica Sales do Nascimento, 60 anos, está no terceiro ano da faculdade de nutrição na Unip e se diz ansiosa para iniciar os estágios obrigatóri­os. “Como sou aposentada, tenho o privilégio de poder me manter sem trabalhar e fazer o estágio tranquilam­ente”, pontua.

Já formada em administra­ção de empresas, matemática e pedagogia e com duas especializ­ações, Verônica viu no curso de nutrição uma oportunida­de de iniciar um novo ciclo. Ela conta que sempre gostou de estudar e que, quando se viu aposentada e com as filhas casadas, decidiu buscar uma nova profissão. “É algo que me deixa feliz, ocupada e fazendo a diferença”.

A aposentada contou que, antes de conversar com a reportagem, estava revendo a aula da semana anterior. A filha viu a cena e não acreditou que ela estava assistindo à aula pela segunda vez. “Eu respondi que na segunda vez você pega detalhes que você não pegou na primeira. Sou muito estudiosa, adoro estudar.”

Juntos há mais de 50 anos, o casal Nadina, 66 anos, e Raul Gipsztejn, 75, são sócios em um escritório de contabilid­ade e agora reforçam a parceria na graduação a distância de ciências contábeis da Trevisan Escola de Negócios.

Técnica em contabilid­ade, Nadina diz que sempre quis fazer faculdade e tomou a decisão neste ano, na pandemia, porque estava passando mais tempo em casa. “Nunca tive coragem [de fazer faculdade] por causa da idade. Quando fiz 40 eu queria fazer, mas pensei: ’estou velha’. Imagina agora”, diz, rindo.

Nadina viu no curso EAD uma oportunida­de de superar a timidez. Ela está tão animada com os estudos que também começou a fazer aulas online de conversaçã­o em inglês. “Quero manter minha mente em evolução com coisas novas.“

Formado em direito e em economia, Raul conta que sempre gostou de estudar e que nos últimos cinco anos fez pós-graduação em duas universida­des —também planeja cursar filosofia. E diz que não tem vergonha de sentar em uma sala de aula com estudantes mais novos.

Com muitas atividades para realizar durante o dia, a rotina de estudos do casal é bem organizada. Enquanto Nadina prefere estudar em casa, Raul separa ao menos duas horas do dia no escritório para isso. “Nossa vida tem 24 horas e é preciso saber dividir o dia para estudar, trabalhar e rezar”, aconselha. (MA)

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Karime Xavier/folhapress Nadina e Raul Gipsztejn, de 66 e 75 anos, respectiva­mente

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