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Prefeito quer criar nova taxa de lixo e revisar o IPTU de São Paulo

Prefeito da cidade afirma que a ideia será incluir uma “ecotaxa” na conta de água dos paulistano­s

- LUCA CASTILHO ALFREDO HENRIQUE

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), deverá enviar nesta semana para a Câmara Municipal um projeto para a criação de uma nova taxa de lixo, chamada por ele de “ecotaxa”. Segundo ele, a ideia é incluir a tarifa, que ainda não tem valor definido e data para ser instaurada, na conta de água.

Além disso, será enviado também nesta semana aos vereadores a revisão da PGV (Planta Genérica de Valores), que serve de base para o cálculo do IPTU (Imposto Predial Territoria­l Urbano).

Para Nunes, a nova contribuiç­ão pela produção de resíduos sólidos está prevista na legislação nacional.

“O marco regulatóri­o dos resíduos sólidos fala que todos os municípios precisam garantir recursos para dar uma destinação correta para o lixo, como na questão dos aterros e da coleta seletiva”, afirmou o prefeito, em entrevista coletiva nesta segunda-feira (30), em uma unidade básica de saúde da zona sul, durante o início da vacinação contra a Covid-19 de adolescent­es a partir de 15 anos na capital paulista.

“O problema é que se eu não instituir como uma nova taxa, serei obrigado a fazer a indicação de renúncia de receita de algum outro setor, como zeladoria, saúde ou habitação”, disse.

Ainda segundo o político, a questão da coleta e da varrição soma R$ 2 bilhões de gastos anuais, com cerca de R$ 1 bilhão para cada área. “É muito importante cuidar da questão do lixo e essa ‘ecotaxa’ vai para todas as residência­s”, afirmou.

Apesar de ainda não ter maiores informaçõe­s de valor e nem como será cobrada, a prefeitura planeja que a taxa esteja junto com a cobrança da tarifa de água.

Já em relação ao IPTU, a prefeitura afirmou em nota que haverá aumento do imposto em algumas áreas e redução em outras.

“Aquela residência que teve instalada uma estação de metrô perto é um local que tem uma valorizaçã­o e o IPTU vai subir”, afirmou o prefeito. Já a desvaloriz­ação do imóvel pode ocorrer por aumento da criminalid­ade e piora da infraestru­tura.

Em nota, a Secretaria Municipal da Fazenda afirmou que o projeto de lei ainda está sendo elaborado para ser apresentad­o aos vereadores na Câmara Municipal.

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