Conta de luz fica R$ 14,20 mais cara a cada 100 kwh
Governo criou bandeira de escassez hídrica e programa de incentivo à economia
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou, nesta terça-feira (31), a criação da bandeira tarifária de escassez hídrica com valor adicional de R$ 14,20 a cada 100 kwh (quilowattshora) consumidos. O aumento, em comparação aos R$ 9,49 da bandeira vermelha patamar 2, é de 49,6%.
A nova tarifa vale a partir desta quarta-feira (1º) até pelo menos o dia 30 de abril de 2022. O Ministério de Minas e Energia estima que a alteração deve provocar aumento, em média, de 6,78% na conta de luz dos consumidores, o que inclui os clientes residenciais.
Diante do cenário de escassez hídrica e para evitar um racionamento de energia, o ministério também lançou o Programa de Incentivo à Redução Voluntária. A partir deste mês, o
consumidor terá bônus de R$ 50 a cada 100 kwh reduzidos no consumo mensal.
A redução mínima é de
10% e o pagamento do bônus é limitado à redução de 20% na conta. A expectativa é que 20% dos consumidores participem do programa, reduzindo 914 mw (megawatts) por mês —energia suficiente para atender quatro milhões de domicílios típicos, ou seja, com consumo médio de 168 kwh.
Na sexta-feira (27), o órgão já havia afirmado que bandeira vermelha patamar 2 seria mantida na conta de luz no mês de setembro. No entanto, não havia anunciado ainda o reajuste da bandeira, já previsto em razão da crise hídrica nacional.
O encarecimento acontece por causa da seca histórica que atinge o país. Com isso, é necessário acionar as usinas térmicas para garantir o abastecimento. No entanto, esta modalidade de geração de energia é mais cara e o valor a mais é cobrado do consumidor.
Para os moradores da região metropolitana de São Paulo, a conta de luz está ainda mais cara, uma vez que a Enel, concessionária responsável pelo fornecimento de energia, aplicou reajuste de 11,58% em julho.