Star+ chega ao Brasil mais caro que a concorrência
Assinatura do novo serviço de streaming custa R$ 32,90 mensais; plataforma aposta em filmes e seriados nostálgicos, produções nacionais e jogos ao vivo
Um dos últimos grandes serviços de streaming internacionais a ser lançado no Brasil, o Star+ chega ao público brasileiro com a aposta de agradar fãs nostálgicos, com produções antigas, além de entusiastas de esportes, com a exibição ao vivo de conteúdos da ESPN.
Criado pela Disney, o serviço é uma aposta ousada, é possível dizer, considerando o preço da assinatura, de R$ 32,90 mensais, que só não ultrapassa os R$ 37,90 cobrados pelo Telecine.
Na maior parte do mundo, o Star+ funciona como uma aba dentro do Disney+. Na América Latina, porém, o serviço será independente, com um aplicativo à parte.
Extensa, a programação esportiva vai do futebol ao golfe, com a transmissão de campeonatos e ligas como a Libertadores da América, a NBA e a NHL. Já o catálogo recicla filmes e seriados que fizeram sucesso em décadas passadas.
É o caso de “The Walking Dead”, que tradicionalmente estreava na Fox. Sua última temporada foi lançada no exterior em 22 de agosto e, para o público brasileiro, só estará disponível no Star+.
Outros exemplos são “Prison Break” e “Lost”, que fizeram sucesso na TV Globo nos anos 2000 e apresentaram muitos brasileiros aos seriados, além das comédias “Modern Family” e “How I Met Your Mother”.
Entre os filmes, os destaques são “Bohemian Rhapsody”, que narra a trajetória de Freddie Mercury, do Queen, “Logan”, sobre o X-men Wolverine, “O Diabo Veste Prada” e franquias como “Deadpool”, “O Planeta dos Macacos” e “Busca Implacável”.
A maioria dos títulos foi produzida pela Fox, comprada pela Disney, e não veio para o Brasil com o Disney+, que acumula produções da Pixar, da Marvel, de “Star Wars” e da National Geographic.
O streaming aposta ainda em originais do Hulu, serviço que só existe nos EUA e abriga produções consagradas, como o “O Conto da Aia” —exibida no Brasil pela Globoplay e pela Paramount+. Como outras produções do Hulu com direitos de distribuição brasileiros comprados pela concorrência, ela não fará parte do catálogo do Star+ agora, mas deve ser mudar para lá no futuro.
O diretor-geral da Disney no Brasil, Hernán Estrada, diz que produções nacionais devem ser um forte do Star+. Ele não revela a quantidade de projetos brasileiros, mas diz que há 66 produções em andamento na América Latina —entre elas, uma sobre o fim da escravidão no Brasil e outra sobre Maria Bonita.
Os destaques nacionais que estreiam simultaneamente ao início das operações do streaming no país é “O Rei da TV”, sobre a trajetória de Silvio Santos, e “Insânia”, que acompanha uma policial internada numa clínica psiquiátrica misteriosa. (Folha)