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Dalton Vigh retoma gravações de ‘Poliana Moça’

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“Duas Caras” nunca ter sido reprisada em 14 anos. “Eu falava: não tem Vale a Pena Ver de Novo? É que tem a coisa do horário também, né, ela teria que sofrer muitos cortes para ser exibida na faixa [da tarde], até porque tinha a coisa do pole dance.”

A “coisa do pole dance” gerou problemas para a Globo na primeira exibição. Alzira, papel de Flávia Alessandra, é uma enfermeira que, à noite, se esconde sob uma máscara e faz sucesso apresentan­do a “dança do poste” em uma casa noturna. O motivo dela era nobre: juntar dinheiro para pagar a cirurgia do marido doente, Dorgival (Ângelo Antônio). Mas, para o Ministério da Justiça, o “excesso de cenas sensuais” da personagem motivou a reclassifi­cação da trama como “inadequada para menores de 14 anos” —antes era 12 anos. Fato é que a novela popularizo­u o pole dance no país.

Outro grande destaque de “Duas Caras” é o carismátic­o Juvenal Antena, personagem de Antonio Fagundes, líder e fundador da favela da Portelinha, e que vive um romance proibido com Alzira.

Após um ano de angústia diante das incertezas provocadas pela Covid-19, Dalton Vigh voltou na sexta-feira (27) ao SBT para a retomada das gravações de “Poliana Moça”.

“Eu já estava até duvidando se algum dia a gente iria voltar”, diz ele, que na história interpreta Pendleton. Por causa da pandemia, todo o elenco de “Aventuras de Poliana” chegou a ser dispensado. “Vamos ter um ano de gravação de novela pela frente, com perspectiv­a de extensão”, antecipa.

Com o fim da primeira temporada da novela, o SBT está há mais de um ano sem produções de teledramat­urgia nacionais inéditas no ar. “Estava com saudade disso, de encontrar as pessoas, dar risada.”

Nesse período, Vigh fez trabalhos como a peça online “O Urso”, do autor russo Tchekhov, em parceria com o Grupo Tapa. “A gente fez no teatro, mas sem plateia. É meio estranho, mas acho que ficou bom.”

Vacinado, o ator se diz preocupado com a piora da pandemia por causa da variante delta e da flexibiliz­ação do confinamen­to. “Muita gente não tem consciênci­a de que não dá para aglomerar. Eu já tenho certa idade e não sinto falta de ir para boteco, restaurant­e. Se eu fosse solteiro, se estivesse morando sozinho, talvez fosse difícil conviver com solidão. Mas com duas crianças de cinco anos e um cachorro você tem sempre o que fazer dentro de casa”, diz ele, que é pai dos gêmeos Arthur e David, de seu casamento com a atriz Camila Czerkes. (KM)

Antonio Fagundes como Juvenal Antena, líder da favela da Portelinha

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