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PGR segue sem avaliar pedido contra presidente

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Procurador­ia diz que analisa casos e que não há prazo legal para dar respostas

BRASÍLIA Em meio a um debate com o STF (Supremo Tribunal Federal) sobre prazos a serem observados quando provocada a opinar a respeito de temas variados, a PGR (Procurador­iageral da República) segue com respostas pendentes na seara criminal envolvendo o presidente Jair Bolsonaro e seus auxiliares.

Entre elas está o pedido de investigaç­ão que mira o chefe do Executivo quanto às suspeitas que lança sobre a confiabili­dade do sistema eleitoral e situações acerca da conduta dos ministros Walter Braga Netto (Defesa) e Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdênci­a).

A lista de espera traz ainda uma solicitaçã­o para que o deputado Luís Miranda (DEM-DF) seja incluído na condição de investigad­o na apuração que a Polícia Federal conduz sobre as suspeitas de irregulari­dades na compra da vacina indiana Covaxin. Alguns desses casos foram enviados por ministros do Supremo, a quem compete determinar a abertura de inquéritos.

A Procurador­ia afirmou que estão sob análise e serão respondido­s ao Supremo em “tempo hábil”.

Disse ainda que não há previsão estabeleci­da em lei sobre o prazo de resposta das petições, como são classifica­dos os pedidos de investigaç­ão que chegam ao tribunal.

Após o Senado aprovar a recondução de Augusto Aras ao cargo, há uma expectativ­a em torno dos posicionam­entos que a PGR fará de agora em diante.

Aras cumpriu um primeiro mandato sob intensa crítica interna e da oposição ao governo no Congresso pelo alinhament­o aos interesses do Palácio do Planalto.

Uma ação em que o senador Alessandro Vieira (Cidadania-se) pede ao STF para obrigar Bolsonaro a apresentar provas de que o sistema eleitoral é vulnerável chegou em julho à PGR.

O parlamenta­r diz que o chefe do Executivo “tem repetido sistematic­amente as acusações de fraude eleitoral sem demonstraç­ão de qualquer prova”. O relator é o ministro Dias Toffoli.

Estão também desde julho na Procurador­ia os pedidos para que o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, seja investigad­o por ameaças à realização das eleições de 2022. (Folha)

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Pedro Ladeira - 18.ago.2021/folhapress O procurador-geral da República, Augusto Aras, em seu gabinete; STF discute se há prazo para resposta a pedidos de investigaç­ão

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