Prefeitura de SP demora até seis meses para pagar pensão
Dependentes de funcionários municipais da capital reclamam da espera para receber o benef ício
Famílias de servidores municipais de São Paulo estão sofrendo com a demora na concessão da pensão por morte. Antes da pandemia, a espera variava de 45 a 60 dias, mas, atualmente, há dependentes esperando por até seis meses pelo benefício, cuja responsabilidade de liberação é do Iprem (Instituto de Previdência Municipal de São Paulo).
João Batista Gomes, secretário de comunicação do Sindsep (Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo), explica que a pensão por morte é um direito previdenciário para o cônjuge, filhos menores de idade e tutelados do servidor público municipal que morreu.
O sindicalista aponta que pelo menos 600 pedidos do benefício estão em andamento atualmente, no entanto, há apenas quatro servidores designados para análise dos documentos. “São 150 processos para cada um; é muita coisa, eles não dão conta”, critica.
Moradoras de Itaquera (zona leste), Amanda Rodrigues Pereira, 31 anos, e as filhas Nicole, 12, e Melissa, 14, aguardam pela pensão desde abril, quando o marido, que trabalhava na área da educação, morreu.
Segundo ela, o Iprem já solicitou o envio de documentos adicionais algumas vezes, porém, o processo não anda e a grana não sai. Embora não saiba a quantia ao qual terá direito, o dinheiro está fazendo falta.
“Antigamente, a gente dividia as despesas. Hoje, tenho que selecionar o que é mais importante”, diz ela, que está desempregada.