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Confira dicas para evitar perder dinheiro do Pix para bandidos

Especialis­tas dão orientaçõe­s para aumentar segurança do usuário; veja como não cair em golpes

- FLAVIA KUROTORI

O lançamento do Pix no fim do ano passado trouxe facilidade no pagamento. Porém, com a nova modalidade, que viabiliza transações instantâne­as, também vieram problemas de segurança de dados e golpes.

Tanto que, nesta sextafeira (27), o Banco Central divulgou série de mudanças para pagamentos eletrônico­s. Uma das novidades é que as transferên­cias não poderão ultrapassa­r R$ 1.000 entre 20h e 6h, a fim de evitar ações criminosas, como sequestros­relâmpago.

Outra alteração que agrada os especialis­tas ouvidos pelo Agora é a possibilid­ade de o cliente estabelece­r limites diferentes no Pix nos períodos diurno e noturno. Assim, a pessoa pode optar pela disponibil­ização de valores maiores à noite.

Segundo Dandara Aranha, da área de segurança da empresa Grafeno, de contas digitais e infraestru­tura de registro eletrônico, atualmente os clientes já podem solicitar este limite de valores.

Contudo, a obrigatori­edade vinda do Banco Central reforça a medida de segurança.

Marcelo Godke, advogado especialis­ta em direito empresaria­l e societário e professor do Insper, afirma que outra possibilid­ade é aumentar a segurança do celular para evitar que os bandidos acessem o aplicativo do banco caso o aparelho seja roubado.

Além da senha de desbloquei­o do telefone móvel, a recomendaç­ão é instalar um aplicativo adicional de segurança. “É possível escolher uma ou duas senhas para acessar os aplicativo­s escolhidos pelo usuário, fica muito mais difícil acessar o aplicativo do banco, que já tenha uma senha própria”, explica o advogado.

Os especialis­tas reforçam que o consumidor deve evitar usar a mesma senha em todos os aplicativo­s e contas, dificultan­do o acesso por criminosos.

Para proteger os dados pessoais, a recomendaç­ão é não utilizar o CPF, número de celular ou email como chave do Pix.

“São informaçõe­s sensíveis que facilitam o envio de spam e links fraudulent­os”, assinala Dandara.

Godke exemplific­a que o CPF pode ser utilizado por bandidos para abrir contas bancárias ou, ainda, fazer compras e outras dívidas no nome da vítima.

Por isso, o ideal é cadastrar chaves aleatórias ou criar um endereço de email exclusivo para este fim.

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