Reunião mantém veto ao público nos estádios
CBF e 19 clubes optam por volta igual e abrem guerra com o Flamengo
A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e os 19 times da Série A votaram nesta quarta-feira (8) pela manutenção do veto ao torcedor nos estádios, enquanto não há o aval de autoridades sanitárias locais para todas as sedes do Brasileiro em razão da pandemia.
O Flamengo foi o único clube que não participou do encontro por videoconferência. O time carioca recebeu autorização da prefeitura para abrir os portões do Maracanã em três partidas neste mês.
A CBF e os dirigentes optaram por acionar o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) para derrubar a liminar que autoriza o clube rubro-negro a receber seus torcedores.
Também ficou decidido que o tema voltará a ser debatido no próximo dia 28. Em São Paulo, o governo de João Doria (PSDB), por exemplo, informou que deverá autorizar a presença de público nos estádios a partir do dia 1º de novembro.
Duas horas antes do início do debate entre a entidade e os cartolas, a diretoria do Rubro-negro publicou nota em seu site na qual diz que “não cabe à CBF ou aos clubes deliberar acerca da existência ou não de público nos estádios, por não se tratar de matéria de sua competência desportiva.”
Há quase um mês, o Flamengo apelou ao STJD para reabrir os portões ao seu torcedor. O presidente do órgão, Otávio Noronha, aceitou o pedido, em caráter liminar, desde que cumpridas as exigências das autoridades do Rio de Janeiro.
O Flamengo, então, apresentou proposta à prefeitura para receber o seu torcedor e teve o aval para três partidas no Maracanã entre os dias 15 e 29 deste mês — contra o Grêmio, pela Copa do Brasil e pelo Brasileiro, e diante do Barcelona (EQU) pela Libertadores.
O clube gaúcho ameaça não entrar em campo se houver torcida.
A prefeitura do Rio divulgou na terça (7) a liberação do público somente para as partidas em questão e disse que a capacidade no Maracanã será, respectivamente, de 35%, 40% e 50%.
Nesta quarta, durante a reunião virtual, os dirigentes defenderam que, se algum time de forma isolada receber público, os demais deverão pedir a suspensão da rodada do Nacional.
Em 24 de setembro de 2020, dirigentes da Série A se reuniram com a cúpula da CBF, na época presidida por Rogério Caboclo. Na ocasião, o Ministério da Saúde havia dado o aval à entidade para que coordenasse o retorno do público aos estádios desde que as autoridades sanitárias locais fossem favoráveis. (Folha)