Irmãos são presos em golpe do Pix Pedidos de tapa-buraco quase dobram na cidade de São Paulo
Solicitações subiram 90,5% no segundo trimestre e chegam a 15 por hora
Dois irmãos foram presos suspeitos de desviar cerca de R$ 13 milhões com transações comerciais fraudulentas, segundo a polícia, feitas por meio de transferências bancárias via Pix.
As principais vítimas deles, segundo a polícia, são bancos digitais. As detenções ocorreram quinta-feira (9), em condomínios de luxo nas cidades de Sorocaba e Salto (101 km de SP). (AH)
“Tapa, abre de novo. E fica muito desproporcional em relação ao asfalto. De a 0 a 10, a nota é 3. Torço para que melhore, mas é difícil”, afirma o mecânico Douglas Lopes de Oliveira, 26, sobre as falhas no pavimento da avenida Comendador Sant’anna, na zona sul de São Paulo.
A via cruza o Jardim Ângela e o Capão Redondo, dois dos distritos que mais registram pedidos de tapa-buraco na cidade. As requisições por esse tipo de serviço quase dobraram no segundo trimestre deste ano em comparação com igual período no ano passado, registrando uma alta de 90,5%.
Na prática, é como se um cidadão ligasse para a prefeitura cobrando o reparo no pavimento a cada quatro minutos. A maior parte dos pedidos é feita em bairros que ficam nas bordas da capital, fora do centro expandido. Exemplo disso é a rua García de Orta, também no Jardim Ângela —o distrito é o líder de reclamações. Apesar de ter só 350 metros de extensão, a via é uma das 15 com mais pedidos na capital. “É horrível. Parece que os buracos são tapados com areia e tinta. Não dura nada, racha tudo”, diz o comerciante Tiago Marinho, 28.
Desde 2017, a prefeitura investiu mais de R$ 1 bilhão em pavimentação. O programa Asfalto Novo foi lançado pelo então prefeito João Doria (PSDB) em abril daquele ano, quatro meses após tomar posse. A ação prometia implementar logo de cara 286 mil metros quadrados de “asfalto de padrão internacional”, nas palavras do hoje governador. Depois, já sob a gestão de Bruno Covas (PSDB), foi determinado rigor no controle de qualidade do material usado e falou-se até em zerar o estoque de pedidos feitos no início de 2019.
Mas mesmo após o Asfalto Novo e outras mudanças feitas na gestão Covas, o volume de reclamações está perto do patamar do segundo trimestre de 2017, quando foram feitas pouco mais de 34 mil queixas. (Folha)