Agora

TCM aponta irregulari­dades em contrato do vale do Anhangabaú

Relatório preliminar analisou documentos e acordos entre a secretaria e a empresa Spturis

- MARIANE RIBEIRO

O Tribunal de Contas do Município de São Paulo constatou irregulari­dades no contrato entre a Secretaria Municipal de Infraestru­tura Urbana e Obras e a Spturis para manutenção do vale do Anhangabaú.

Segundo o relatório preliminar feito pelos auditores do TCM, o contrato de prestação de serviços de suporte logístico na instalação de gradis, limpeza, estruturaç­ão de operação dos quiosques e área da pista de skate traz irregulari­dade logo na base por se tratar de uma contrataçã­o direta por dispensa de licitação, sem explicação do motivo pelo qual não foi realizada.

O contrato de prestação de serviços entre a Secretaria Municipal de Infraestru­tura Urbana e Obras e a Spturis foi assinado em 25 de março de 2021, no valor de R$ 1.238.300,09, para manutenção do espaço por 38 dias, a partir de 22 de fevereiro. Segundo o TCM, foram registrado­s pagamentos que somam R$ 831.178,93.

Outra questão que é apontada é a realização de um contrato para que uma empresa execute um serviço que deveria ser de responsabi­lidade da administra­ção do município.

Os auditores argumentam que atrasos no processo de concorrênc­ia para a concessão do espaço não impediram a atuação da prefeitura, uma vez que “as obras de reforma e revitaliza­ção do vale tinham seu cronograma conhecido e acompanhad­o detidament­e pela secretaria”.

Mais dois pontos são indicados. Um é o fato de a prefeitura ter realizado “contrataçã­o verbal” e prorrogaçã­o de contrato que já estava vencido. As duas ações não são permitidas pela lei. O outro é a “emissão de nota de emprenho sem prévio empenho”, o que significa que a foi apontado que a secretaria emitiu uma nota de pagamento em 16 abril, antes do serviço do contrato ser realizado, comprovado e avaliado.

O Conselheir­o Relator do TCM, Eduardo Tuma, diz que “a prefeitura respondeu aos apontament­os feitos no parecer preliminar e as respostas foram encaminhad­as, no dia 10, para a auditoria do tribunal que produzirá um parecer conclusivo”.

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Rivaldo Gomes - 5.nov.21/folhapress Quase quatro meses depois de aberto como área de lazer aos domingos, o vale do Anhangabaú não esta totalmente disponível ao público

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