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Pix tem nova medida de devolução contra fraudes

Bancos podem notificar infração e reter transferên­cia suspeita por até 72 h

- LARISSA GARCIA

O Pix, sistema de pagamentos instantâne­os que completou um ano nesta terça-feira (16), passa a contar com novas medidas de segurança. Começou a valer ontem o mecanismo especial de devolução, que permite que o banco estorne valores para a conta do pagador em casos de fraude ou falha operaciona­l.

O retorno de recursos poderá ser solicitado tanto pela instituiçã­o do recebedor quanto por quem pagou.

Desde o lançamento do Pix, os usuários podem devolver valores recebidos por meio do sistema, total ou parcialmen­te. Não havia, entretanto, previsão de que a devolução fosse iniciada pela instituiçã­o de relacionam­ento do recebedor.

Segundo o Banco Central, o objetivo é acelerar o processo de estorno quando houver fraude ou falha. A transação constará do extrato das movimentaç­ões.

A funcionali­dade foi autorizada em junho, antes das medidas de segurança anunciadas em agosto, como o limite de R$ 1.000 entre 20h e 6h, que começou a valer em 4 de outubro.

Também entraram em vigor nesta terça a possibilid­ade de o banco reter operação suspeita por até 72 h para análise e a obrigatori­edade da notificaçã­o de infração, antes facultativ­a.

A notificaçã­o funciona como uma marcação na chave Pix feita pelo banco, no CPF ou CNPJ do usuário e no número da conta, quando é constatada a fraude. Essas informaçõe­s serão compartilh­adas com as demais instituiçõ­es sempre que houver uma consulta. Com isso, o BC espera que as chamadas contas de laranjas, que são alugadas ou emprestada­s, possam ser identifica­das.

As duas medidas foram anunciadas em agosto.

Bandidos têm tirado vantagem da rapidez do Pix para aplicar golpes ou para fazer a vítima transferir grandes quantias durante roubos ou sequestros. (Folha)

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