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Teto do INSS pode passar de R$ 7.000 com inflação

- FÁBIO MUNHOZ

A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia divulgou nesta quarta-feira (17) nova projeção para a inflação de 2021. De acordo com o relatório, o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) deverá fechar o ano com um acumulado de 10,04%, um aumento de 1,64 ponto percentual em relação à última previsão da pasta, de setembro (que era de 8,4%).

O INPC é utilizado pelo governo federal para definir o reajuste do salário mínimo, que é o piso dos benefícios previdenci­ários, e dos demais benefícios do INSS (Instituto Nacional do Serviço Social). Caso esse percentual de 10,04% seja mantido, o salário mínimo nacional passará dos atuais R$ 1.100 para R$ 1.210 em 2022. Já o teto do INSS subirá de R$ 6.433,57 para R$ 7.079,50 consideran­do a previsão do governo.

O reajuste do salário mínimo impacta outros benefícios como seguro-desemprego, abono do Pis/pasep e valor máximo de ações que podem ser iniciadas nos Juizados Especiais Federais.

Medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístic­a), o INPC atingiu 11,08% no acumulado de 12 meses até outubro. Consideran­do somente o estado de São Paulo, a inflação é ainda maior: 11,32%. No acumulado de janeiro a outubro de 2021, o INPC já registra alta de 8,45% no país.

O aumento do INPC reflete a elevação no custo de vida dos brasileiro­s ao longo de 2021. Em outubro de 2020, por exemplo, o índice que reajuste as aposentado­rias acumulado em 12 meses era de 4,77% —6,31 pontos percentuai­s a menos do que os atuais 11,08%.

Além disso, o indicador considera a inflação média de uma série de produtos e serviços. Alguns subitens do INPC tiveram aumentos mais elevados em outubro.

O grupo dos transporte­s, por exemplo, subiu 17,75% em 12 meses, com destaque para a alta de 44,94% dos combustíve­is. O grupo de alimentaçã­o teve alta

O salário mínimo teve política de valorizaçã­o, com reajuste real, ou seja, acima da inflação, que começou em 2006, no governo do então presidente Lula, e seguiu nos anos Dilma e na gestão Temer, mas a política de aumento real chegou ao fim no governo Bolsonaro A correção considerav­a a inflação do ano anterior mais o cresciment­o do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes. Quando o PIB estava zerado, o reajuste era apenas o da inflação. Na gestão de Bolsonaro, não só houve a desvincula­ção ao PIB, como também ocorre de o governo dar reajuste menor do que a inflação, a exemplo deste ano, quando o INPC fechou 2020 em 5,45%, e o mínimo subiu 5,26% acumulada de 11,81%.

Para quem é beneficiár­io do INSS e mora de aluguel, o reajuste de 10,04% fica abaixo do percentual que geralmente é utilizado para reajustar os contratos de locação, que é o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado). O índice é está em 21,73%.

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