Agora

PEC não é para reajuste de servidores Proposta deve ser alterada no Senado e voltar à Câmara

Líder do governo no Senado diz que grana de precatório não vai para salário

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O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDBPE), disse que não há previsão de recursos na PEC (proposta de emenda à Constituiç­ão) dos Precatório­s para bancar um amplo reajuste salarial a servidores públicos, como prometido pelo presidente Jair Bolsonaro.

“Tem certamente a demanda que parte dos servidores públicos federais de reajuste de salário, mas acho que o cobertor está muito curto e acredito que todo esforço que estamos fazendo agora não é para atender reajuste de servidores. O esforço que estamos fazendo agora é para atender os mais pobres do Brasil que estão sofrendo”, afirmou Bezerra, que é relator da PEC.

A PEC é o principal projeto de interesse do Palácio do Planalto atualmente no

Congresso. Com a proposta, é possível ampliar em cerca de R$ 91 bilhões a margem para gastos em 2022, ano em que Bolsonaro pretende concorrer à reeleição.

Mais da metade dessa cifra está comprometi­da com a ampliação do Auxílio Brasil para R$ 400 por mês. Outra parte deve ser destinada a emendas parlamenta­res.

“Eu acho muito difícil [dar reajuste]. Nós estamos ainda no início das análises da peça orçamentár­ia do ano que vem e tem muito pouco espaço para atender tantas demandas. Tem demanda de reforçar investimen­to em áreas sensíveis, importante­s, como habitação, estradas, recursos hídricos e irrigação”, disse. (Folha)

Sem conseguir construir uma proposta de consenso, o governo decidiu buscar apoio nas principais bancadas do Senado para aprovar a PEC (proposta de emenda à Constituiç­ão) dos Precatório­s, que dá calote em dívidas da União já reconhecid­as pela Justiça.

No entanto, o Planalto deverá precisar ceder com algumas emendas, como duas propostas pelo MDB, o que vai resultar inevitavel­mente na volta da proposta para uma nova votação na Câmara dos Deputados.

Maior bancada do Senado,

o MDB quer alterações na PEC. As sugestões estão em linha com uma proposta de senadores do Podemos, PSDB e Cidadania.

O pedido é para que o Auxílio Brasil, substituto do Bolsa Família, seja um programa permanente, previsto na Constituiç­ão, e permitindo que o valor de R$ 400 por mês não seja reduzido após dezembro de 2022.

“Estamos recolhendo as sugestões. Se for necessário, nós vamos apresentar alguns aprimorame­ntos ao texto da Câmara”, disse Bezerra Coelho. (Folha)

até R$ 1.100 de R$ 1.100,01 até R$ 2.203,48 de R$ 2.203,49 até R$ 3.305,22 de R$ 3.305,23 até R$ 6.433,57

Empregado doméstico

9%

12%

14%

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