Cidades montam ações de guerra contra dengue
Santana de Parnaíba, por exemplo, começou a usar um drone
Prefeituras de cidades da Grande São Paulo têm adotado estratégias para combate à dengue, algumas delas inéditas para a região, na tentativa de alcançar locais de difícil acesso.
Em São Paulo, a prefeitura utiliza um larvicida biológico que, misturado à água, é inserido em um recipiente no equipamento motorizado, que é usado como uma espécie de mochila pelo funcionário responsável pela aplicação.
De acordo com o biólogo
Renato Sinnhofer Sugimoto, 41 anos, que trabalha na Uvis (Unidade de Vigilância em Saúde) do Jaçanã, é o maquinário é usado para lançar o larvicida em locais de difícil acesso, como no pátio, que tem automóveis um sobre os outros.
Segundo os dados da Vigilância Epidemiológica das Arboviroses no município de São Paulo, até 3 de novembro, 7.172 casos de dengue foram registrados na cidade, um aumento de 254% em relação ao ano passado.
A zona norte da capital paulista é onde há mais confirmações de casos da doença em 2021. Segundo a secretaria, a região teve 1.874 casos. Ela é seguida pela zona leste com 1.701, pela zona sul com 1.540, sudeste com 1.200, oeste com 633 e, em último lugar, fica o centro da cidade com 210 registros.
Drone especial
Em Santana de Parnaíba (Grande SP) um drone passou a pulverizar veneno na última quarta-feira (17) sobre uma lagoa. O uso de drones foi inspirado no Rio de Janeiro, que utilizou o equipamento para combater a dengue na região da lagoa Rodrigo de Freitas, durante as Olimpíadas de 2016.
Em Santo André (ABC), militares do Tiro de Guerra do Exército receberam capacitação no último dia 9. A cidade também treinou quase 800 brigadistas contra o mosquito.