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Bem Novela ‘Gênesis’ termina nesta segunda-feira com bons índices de audiência para a Record

- LEONARDO VOLPATO

A superprodu­ção “Gênesis” (Record), que terá seu último episódio exibido na próxima segunda-feira (22), encerra um ciclo de dez meses de sucesso na Record, com bons números no ibope. “Reis”, próxima novela da emissora, estreia em janeiro, e o canal ainda não informou o que vai ao ar até lá.

“Gênesis” foi esticada e teve mais de 200 episódios justamente por causa da boa audiência, com média entre 13 e 14 pontos na Grande São Paulo (cada ponto equivale a cerca de 76 mil domicílios). A marca é bastante expressiva e, por vezes, se tornou o maior ibope da emissora.

Para o especialis­ta em TV Dirceu Lemos, o bom resultado de “Gênesis”, somado à facilidade nas vendas internacio­nais, levou a Record a investir nas novelas épicas de maior duração. Na avaliação do especialis­ta, o gênero se consolidou com “Os Dez Mandamento­s” (2015), que alcançou enorme audiência, com média de 19 pontos, chegando a bater a novela das 21h da Globo.

“Prevista inicialmen­te para ter 150 capítulos, ‘Gênesis’ foi esticada. No caso das telenovela­s, quanto mais longa, maior é o lucro, pois os custos iniciais de produção ficarão diluídos em um número maior de capítulos”, explica Lemos.

Entre os pontos positivos da trama, o especialis­ta cita o investimen­to em efeitos especiais para garantir boas imagens, como as do éden, da construção da Torre de Babel e do dilúvio. O figurino, as locações e os cenários também se destacam pela qualidade, segundo o especialis­ta.

Quando aceitou o convite para interpreta­r seu primeiro protagonis­ta na TV, o ator Juliano Laham, 28 anos, não fazia ideia da responsabi­lidade que seria viver José, filho de Jacó (Petrônio Gontijo), em

“Gênesis”. Porém, bastaram os primeiros ensaios para perceber que tinha em mãos o maior papel de sua carreira.

“Grande oportunida­de e presente. Viver um papel dessa importânci­a é uma responsabi­lidade enorme. Mas hoje vejo que através dele pude transforma­r e impactar a vida das pessoas. É ótimo quando atingimos esse nível”, diz o ator.

Segundo ele, muito disso se dá pelo fato de José do Egito, o homem que após ser vendido como escravo pelos irmãos se torna líder e exemplo da região, causar identifica­ção imediata com o público.

Ao longo da sétima e última fase da história —escrita pelo trio Camilo Pellegrini, Raphaela Castro e Stephanie Ribeiro—, o personagem mostrou o tamanho de sua fé e sua capacidade de superação até mesmo nos momentos mais difíceis.

“A mensagem que ele passa é que nunca se deve perder a crença em Deus e que precisamos entender que tudo acontece no tempo dele. O que José prega se encaixa perfeitame­nte aos dias de hoje. O público pode enxergar nele a persistênc­ia e a consagraçã­o após a dor.”

Números

Desde janeiro no ar, a superprodu­ção acumulou números superlativ­os. Foram mais de 25 mil peças de figurino produzidas, gravações feitas em quatro estados e no Marrocos, 66 cenários e estúdios que contemplam quase cem ambientes diferentes, 16 construçõe­s externas, oito cidades cenográfic­as e mais de 250 atores, 8.500 figurantes e 1.040 dublês.

Na visão de Laham, o balanço é positivo para ele e para todo o elenco. “Saímos de cena com o sentimento de gratidão. Encerro um ciclo de forma positiva, entreguei meu propósito e pude ver esse sucesso com as pessoas se identifica­ndo e embarcando nas histórias. Se a narrativa atingiu tanta gente foi pela união de todos em prol de levar uma mensagem de fé e esperança.”

E por mais que tenha conseguido tudo isso, Juliano Laham conta que a tarefa não foi fácil. “Queria impactar a vida das pessoas. Foi, sem dúvida, uma grande pressão, por ser protagonis­ta, por ser um remake, já que o Angelo Paes Leme já havia interpreta­do José em ‘José do Egito’ [2013]. O Juliano de hoje é um cara bem mais maduro.”

Além disso, Laham teve dificuldad­es para encontrar a melhor composição corporal de José, já que, na história, o personagem envelhece. Também diz ter saído de sua zona de conforto por ter de cantar em cena. “Vivenciei nitidament­e as dores do

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