Em busca da evolução
Na narrativa, a mãe explica aos seus filhos os diversos campos de conhecimento, como história, cultura, geografia e artes. Aqui, as pessoas vão compreender o conjunto de episódios importantes que aconteceram no mundo
– O que é aquela bolinha preta
dentro do olho das pessoas, mãe? – perguntou Pedro.
– Ela se chama pupila – comentou a mãe.
– E aquela luz que estou vendo no olho da Maria, o que é? – quis saber o menino, aproximando-se da irmã querida.
– Eu a chamo asterisco, crianças. Um asterisco de luz. – Que brilho que ela tem! – exclamou Pedro.
– Como você o percebeu? – perguntou a mãe.
– Não sei. Em vez de notar a cor do olho, eu reparei naquele preto que fica dentro dele. E no asterisco de luz que fica bem em cima.
– Ele é tão parecido com o brilho de luz da pedra Estrela da Índia, lembra? Aquela que nós vimos juntos perto do Taj Mahal.
– Muito parecido mesmo! – confirmou o irmão.
– A pupila, o asterisco, a pedra da Índia e a jabuticaba – suspirava Maria.
– Jabuticaba? Por que você fez a conexão? – perguntou a mãe.
– Ela não te lembra a pupila? Quando a luz bate nela, não fica parecida com esse brilho da pedra?
– Ah, adoro a maneira como você conecta as informações, elas nos levam a mundos tão bonitos e ricos...
As duas crianças haviam visitado recentemente a Índia, um país distante e fascinante. A terra de Mahatma Gandhi e de tantas belezas e cores...
– Agora, mãe, conversando sobre o Taj Mahal, se a gente não pensa, acaba mesmo achando que o Taj é um templo, em vez de um mausoléu feito por um homem para a mulher que ele amava – observou Maria, sempre atenta aos detalhes e às histórias de amor.
– Alguns dizem que sim, você tem razão – comentou a mãe. – Sabem, crianças, que algumas pessoas realmente acham que o Taj Mahal foi primeiro um templo, e que só depois é que passou a ser o mausoléu da amada do grande imperador Shah Jahan, da dinastia Moghul, que reinou no século XVII? Alguns até dizem que a palavra Om está inscrita nele.
– Será que ela realmente está lá? – perguntou Pedro. – Será? Talvez não. E parece que ele é realmente um mausoléu – ponderou a mãe.
– Mãe, para mim vai sempre representar o amor entre duas pessoas. O mundo é tão incrível! Sabemos muito, mas ainda há tanto a se descobrir... – disse Maria, com pensamentos sonhadores.
– Que bom, crianças, estou vendo que as viagens fizeram vocês refletirem. Estou gostando de ver...
– Mãe, falando em Índia, por que eles pensaram que haviam chegado à Índia quando chegaram às Américas? – indagou Pedro.
– E, mãe, por que de repente vieram parar aqui no Brasil, bem naquele século? Bem em 1500? – completou Maria.
– Calma, crianças. Que bom que vocês fazem perguntas. Certeza, certeza, não se tem. Por isso é tão importante guardar informações, manter os registros, para que no futuro as pessoas possam entender melhor as escolhas, o que aconteceu, e o que influenciou o quê.
Hoje vocês fazem blogs, os grandes navegadores faziam diários de viagem, e alguns se perderam. Quem sabe alguém um dia saiba o que aconteceu?
Certeza, não temos.
E a mãe continuou:
– Então eu vou contar o que vejo.
Os Rios da Vida, de Johanna S. P. Ferreira Editora: Ofício das Palavras
Preço: R$ 40
“Calma, crianças. Que bom que vocês fazem perguntas... Por isso é tão importante guardar informações, manter os registros, para que no futuro as pessoas possam entender melhor
as escolhas”