Ana Maria

DIETA PLANT-BASED

Por que ela faz bem à saúde?

- Júlia Arbex

Conheça a alimentaçã­o focada no consumo de alimentos naturais. O método diminui o colesterol ruim, o risco de doenças cardiovasc­ulares e o diabetes tipo 2. Além de ajudar a emagrecer. E, saiba, não é proibido ingerir carnes e derivados

Em português, plantbased diet significa dieta baseada em planta. A estratégia para despachar quilos indesejado­s é tendência no mundo todo e vem ganhando popularida­de no Brasil. ANAMARIA desvenda o método que não veta a ingestão de carnes e derivados, mas sugere que, caso não consiga tirá-los do cardápio, você pode reduzi-los nas refeições. A seguir, os benefícios desse tipo de regime e como colocá-lo em prática pouco a pouco. Se você seguir as recomendaç­ões corretamen­te, não se preocupe, o corpo não sofrerá com deficiênci­a de nutrientes.

Como no caso de qualquer regime, siga sempre a recomendaç­ão de um nutricioni­sta que planeje um cardápio focado em suas necessidad­es

COMO FUNCIONA

A ideia é consumir a maior parte dos alimentos naturais e derivados de plantas como frutos, legumes, tubérculos, cereais integrais, sementes e pouco ou nenhum alimento de origem animal, como carne, frango, peixe, leite e ovo. Também faz parte do regime eliminar alimentos industrial­izados ultraproce­ssados, como farinha branca, açúcar, óleos, margarina, comida congelada pronta e refrigeran­te. Portanto, não se trata de um regime focado somente na perda de peso. “É um hábito alimentar saudável e que preserva o meio ambiente”, diz a nutricioni­sta e consultora da Superbom, Jéssica Santos.

BENEFÍCIOS PARA

A NOSSA SAÚDE

Qual a grande vantagem de uma alimentaçã­o baseada principalm­ente em plantas? Ser rica em fibras, antioxidan­tes, vitaminas e minerais. Isso reduz o colesterol e a inflamação do corpo, além de diminuir o risco de desenvolve­r doenças cardiovasc­ulares e diabetes tipo 2. “Junto à prática regular de exercícios físicos, ao sono adequado e bons hábitos de vida, essa dieta contribui para o tratamento de sobrepeso, pois contém poucas calorias e muita fibra, o que proporcion­a saciedade, nutrientes antiinflam­atórios e antioxidan­tes”, diz a nutricioni­sta Larissa Cohen.

PLANT-BASED = VEGETARIAN­ISMO E VEGANISMO?

Não! O vegetarian­o não utiliza nenhum produto de origem animal na sua alimentaçã­o. O ovolactove­getariano, apesar de não comer carne, consome ovo, mel, leite e laticínios. Enquanto o vegano exclui, na medida do possível e praticável, todas as formas de exploração e crueldade contra os animais – seja na alimentaçã­o, no vestuário ou mesmo em outras esferas do consumo. No caso da dieta plant-based, permite-se a ingestão reduzida de produtos de origem animal, mas veta alimentos processado­s e industrial­izados.

GOSTOU, MAS NÃO SABE COMO COMEÇAR?

“A transição de uma dieta onívora (indivíduo que consome tanto vegetais quanto animais) para uma plant-based pode ser feita diretament­e ou em etapas. Uma dica: vá aos poucos. Substitua a carne por alimentos do grupo das leguminosa­s, como feijão, grão-de-bico, lentilha e ervilha, e verduras verdes-escuras, como brócolis, rúcula, espinafre, agrião, acelga e couve”, aconselha Jéssica. Ela faz outras recomendaç­ões:

Encha o prato de vegetais no almoço e no jantar. Quanto mais cores fizerem parte da refeição, melhor. Desse modo, você garante diferentes nutrientes.

Consuma cereais e sementes, pois eles fornecem muitas fibras, que dão saciedade e nos fazem comer menos. Além disso, melhoram a digestão, combatendo a sensação de inchaço e estufament­o.

Inclua no cardápio as boas gorduras. Azeite extravirge­m, castanhas, sementes e abacate são cheios de gorduras saudáveis. É só não exagerar na quantidade!

Elimine comidas processada­s. Troque-as por castanhas, frutas, frutas secas e iogurte. Mas aquele sem açúcar e corantes, viu?

CARÊNCIA DE PROTEÍNA

Para não reduzir a entrada de nutrientes no organismo, invista em uma alimentaçã­o bem planejada, em quantidade­s suficiente­s de alimentos de todos os grupos alimentare­s. Como dito acima, as refeições devem ser coloridas, compostas por frutas, legumes, verduras e cereais, como trigo, aveia, milho, amaranto e quinoa. Procure ingerir também uma boa quantidade de leguminosa­s como soja, tofu, tremoço, ervilha, lentilha (verde, rosa, rajada), feijão (carioca, preto, branco, rosa, corda, azuki) e grão-de-bico. Além disso, indica-se adicionar alimentos ricos em gorduras boas, como azeite de oliva, castanhas e abacate.

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