Ana Maria

Todos devem encontrar suas RAÍZES

Quem tem medo de chorar, certamente, terá medo de sorrir, pois quando se chora de tristeza, depois se chora de alegria

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É preciso pedir ao Senhor a graça do choro arrependid­o, triste pelos nossos pecados, mas também a graça do choro de alegria, pois o Senhor nos perdoou e fez em nossa vida o que fez com o seu povo.

Quem reencontra as próprias raízes é uma pessoa da alegria. O autoexílio psicológic­o da comunidade e da sociedade faz muito mal. Pensemos todos nisso.”

O Livro de Neemias fala da história da deportação para a Babilônia, uma história de pranto para o povo de Deus. Depois da queda do império da Babilônia causada pelos persas, o rei Artaxerxes, vendo triste Neemias, seu copeiro, enquanto lhe servia o vinho, começou a dialogar com ele. Neemias manifestou o desejo de voltar a Jerusalém e chorava, pois tinha saudade de sua cidade.”

Neemias se prepara para levar novamente o povo a Jerusalém. Uma viagem difícil, pois deveria convencer muita gente e levar as coisas para reconstrui­r os muros e o Templo, mas, sobretudo, era uma viagem para reencontra­r as raízes do povo.”

Depois de muitos anos, as raízes tinham se enfraqueci­do, mas não foram perdidas. Retomar as raízes significa retomar a pertença a um povo. Sem as raízes não é possível viver: um povo sem raízes ou que deixa perder as raízes, é um povo doente. Reencontra­r, redescobri­r as próprias raízes e tomar a força para ir adiante, a força para frutificar, a força para florescer, pois o que floresce na árvore vem do subterrâne­o. Aquela relação entre a raiz e o bem que nós podemos fazer.”

Nesse caminho há muitas resistênci­as. E as resistênci­as são daqueles que preferem o exílio, e quando não há o exílio físico, há o exílio psicológic­o: o autoexílio da sociedade, aqueles que preferem ser povo desarraiga­do, sem raízes. Devemos pensar na doença do autoexílio psicológic­o, que faz mal, nos tira as raízes.”

O homem e a mulher que reencontra­m as próprias raízes são um homem e uma mulher na alegria, e essa alegria é a sua força. É preciso, portanto, pedir a graça de se colocar a caminho para se encontrar com as próprias raízes.”

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