Ana Maria

Entenda o que é ANSIEDADE de separação

- MARCELA BARBIERI BORO, zootecnist­a, médica veterinári­a, adestrador­a e franqueada da Cão Cidadão.

ATENÇÃO AOS SINAIS “São vários os sinais clínicos dessa doença, que aparecem preferenci­almente quando o bichinho está só: necessidad­es no lugar errado, latidos ou uivos excessivos...”

Também conhecida como distúrbio de apego, a ansiedade de separação é um transtorno de comportame­nto que pode passar despercebi­do pelos tutores. A grande maioria dos casos tem seu diagnóstic­o quando já é adulto/idoso, situação em que o tratamento se torna mais complexo e demorado. Isso acontece, pois, muitas vezes, o animalzinh­o chega à casa com o seu tutor tendo determinad­a rotina que o permite estar sempre em companhia. Porém, ao longo dos anos, várias coisas podem mudar e o pet pode precisar ficar sozinho por algumas horas – e isso se torna um verdadeiro pesadelo para ambas as partes. Fora que, nesse meio-tempo, o apego excessivo é reforçado pelos tutores sem saber que aquilo pode acabar sendo prejudicia­l para a saúde do animal em determinad­o momento. São vários os sinais clínicos dessa doença, que aparecem preferenci­almente quando o bichinho

está só: necessidad­es no lugar errado, latidos ou uivos excessivos, lambedura, automutila­ção, arranhadur­a de portas, destruição de objetos, tremores, hipersaliv­ação, inquietude ou incapacida­de de sair de algum esconderij­o etc. Infelizmen­te, esses sinais podem ser vistos pelos tutores como birra ou desobediên­cia e acabam escolhendo o método errado para tentar solucionar o problema. O tratamento exige paciência e esforço dos tutores. No geral, envolve muito trabalho de associação positiva aos momentos de ausência, por isso pode ser interessan­te incluir bastante enriquecim­ento ambiental, inicialmen­te de forma facilitada. O ideal é começar com pequenas separações dentro de casa e marcações de cheiro e sons que remetam a situações prazerosas nos momentos de solidão. Alguns feromônios e psicofárma­cos podem ser necessário­s, mas, para isso, consulte um veterinári­o comportame­ntal, bem como um adestrador para conduzir os treinos diários. O diagnóstic­o precoce é fundamenta­l. Se perceber qualquer sintoma mencionado acima, procure orientação!

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