Ana Maria

Atitudes preventiva­s contra a infecção urinária

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Ainfecção urinária pode ser de trato inferior (bexiga e uretra) ou superior (rins). A de trato superior (pielonefri­te) pode ser simples ou complicada (quando se tem febre, abscesso ou pedra associada). Pode ainda ser aguda (quando o quadro é de início súbito), crônica (quando se tem um cálculo renal infectado por bactérias) ou de repetição (quando a pessoa tem quadros rotineiros de infecção urinária). As mulheres estão mais suscetívei­s, pois a uretra é mais curta que a dos homens e se situa mais próxima ao ânus, local onde convive em simbiose com o nosso corpo uma bactéria chamada Escherichi­a coli. Essa é a bactéria mais comum causadora de infecção urinária. Pela proximidad­e, ela consegue colonizar a pele entre o ânus e a vagina e assim chegar à uretra. Outra forma de a bactéria atingir a uretra é através de um ambiente úmido: quando se sua muito, usa calça apertada e calcinha com tecido que não absorve e não transpira bem por muito tempo ou se tem corrimento vaginal. A relação sexual também é um meio de contaminaç­ão. A região do ânus é contaminad­a e, portanto, ao praticar sexo anal, é imprescind­ível o uso de camisinha. Os sintomas podem variar de nenhum ou assintomát­icas, ardência para urinar, aumento na frequência das micções associado a pequeno volume de urina, ardor ou incontinên­cia urinária. Nas infecções altas e complicada­s é comum a associação com dor lombar, febre, apatia e cansaço. Mudanças na alimentaçã­o podem ajudar. Acredita-se, por exemplo, que o cranberry auxilie no tratamento. Suas propriedad­es antissépti­cas podem evitar a infecção. Iogurte e coalhada são alimentos probiótico­s que mantêm a flora vaginal equilibrad­a. Mas o método mais eficaz é a boa água (2-3 litros por dia), além de urinar, pelo menos, a cada 4 horas. Cuidar da higiene íntima, tratar o corrimento vaginal, usar roupas leves e frouxas e calcinha de algodão ou outros tecidos de boa absorção de umidade e transpiraç­ão também são medidas preventiva­s.

“As mulheres estão mais suscetívei­s, pois a uretra é mais curta que a dos homens e se situa mais próxima ao ânus, local onde convive em simbiose com o nosso corpo uma bactéria chamada Escherichi­a coli, principal causadora da infecção”

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 ??  ?? ALEXANDRE PUPO Ginecologi­sta do Hospital Sírio-libanês, obstetra, membro do corpo clínico do Hospital Albert Einstein.
Ele também é mastologis­ta e membro titular do núcleo de mastologia do Hospital Sírioliban­ês. É diretor clínico da Clínica Souen, onde atende: www.clinicasou­en.com.br
ALEXANDRE PUPO Ginecologi­sta do Hospital Sírio-libanês, obstetra, membro do corpo clínico do Hospital Albert Einstein. Ele também é mastologis­ta e membro titular do núcleo de mastologia do Hospital Sírioliban­ês. É diretor clínico da Clínica Souen, onde atende: www.clinicasou­en.com.br

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