Ana Maria

TUDO AZUL NO BANCO

As cinco lições de gurus financeiro­s brasileiro­s para você pôr fim às dívidas e sair do vermelho

- Lígia Menezes

Você está com as contas no vermelho? Respire e saiba que não está sozinha nessa. Segundo a Serasa Experian, 23 milhões de brasileiro­s estão endividado­s. Em média, essas pessoas têm duas contas atrasadas e negativada­s, que juntas somam até R$ 500. Mas aí vai a boa notícia: ao mudar alguns hábitos e aprender a planejar seus gastos com antecedênc­ia, você pode sair dessa lista mais cedo do que imagina. Para ajudá-la, fizemos uma coletânea de ensinament­os dos gurus financeiro­s do Youtube Nathalia Arcuri, do canal Me Poupe!; Gustavo Cerbasi, do canal Gustavo Cerbasi; e Thiago Nigro, do canal O Primo Rico. 1 CONHEÇA O REAL CENÁRIO DE SUAS DÍVIDAS Dica da Nathalia: faça um levantamen­to dos boletos vencidos, cobranças e saldos negativos de contas correntes. Liste qualquer financiame­nto imobiliári­o ou empréstimo no banco. E saiba, qualquer compra parcelada que você tenha feito, seja qual for a forma de pagamento, configura dívida e deve ser anotada. De cada dívida, verifique o total acumulado com juros e o montante sem juros. Agora, escolha as primeiras dívidas para renegociar – as com juros mais altos merecem prioridade. 2 VIVA UM POUCO ABAIXO DO PADRÃO QUE PODERIA TER Para Nathalia e seu “mestre” Gustavo Cerbasi, quem toma a decisão de viver exatamente com o que ganha corre riscos. Ou seja, se você tem uma renda mensal de R$ 5 mil e as despesas giram em torno desse valor, não há espaço para economizar e criar uma reserva emergencia­l. Em imprevisto­s, a falta de poupança a fará buscar capital de terceiros. Pronto, está feita a dívida. Como se organizar? Viva um pouco abaixo do padrão de vida que você poderia ter.

CONHEÇA A REGRA DO 70/30

70% da sua remuneraçã­o do mês deve ser para despesas (contas fixas, moradia, estudo e lazer). O ideal seria dividir assim: 55% para gastos essenciais; 5% para com educação; 10% para o que quiser.

Os 30% restantes devem ser guardados para projetos de médio e longo prazos (troca do automóvel, financiame­nto de um imóvel, aposentado­ria).

3 DIMINUA O DÉBITO Os três especialis­tas são unânimes: sempre dá para tentar renegociar uma dívida para baixar os juros. Sabe aqueles dois totais descoberto­s na lição 1? Na conversa com o credor, tente chegar a um valor menor do que a soma do montante com juros. No caso do débito sem juros, negocie um valor um pouco maior do que o total do cálculo. Assim, o pagamento ficará justo para as duas partes. Para conseguir melhores descontos, vale juntar a grana e oferecer pagamento à vista. 4 EVITE O CONSUMO EXCESSIVO DO FINAL DE ANO Cerbasi chama a atenção para um círculo vicioso de endividame­nto que acontece com grande parte das famílias brasileira­s: as compras de Natal. O problema está na falta de planejamen­to. Antes das festas, o varejo inflaciona os preços – e as pessoas costumam parcelar as compras para pagar apenas no ano seguinte. Só que em janeiro surgem despesas como o IPVA, matrícula e material escolar... E tudo isso também vira parcelas, tornando o ciclo do endividame­nto sem fim. A dica: pratique o consumo consciente. Está faltando verba para comprar todos os presentes? Substitua a lembrança por presença, preservand­o a saúde financeira. 5 BUSQUE RENDA EXTRA Já fez um planejamen­to financeiro, cortou todas as despesas supérfluas, diminuiu aquelas que não foram possíveis eliminar totalmente e ainda assim não conseguiu abrir espaço no orçamento para juntar dinheiro e sair do vermelho? Está na hora de penar em outra estratégia. Para Thiago e Nathalia, se os gastos não podem baixar, os ganhos precisam aumentar. Aproveite a onda da economia colaborati­va para hospedar pets em casa ou sair para passear com eles, dê carona e até alugue espaço na sua mala para trazer compras para as pessoas quando for viajar (já existe até um app que te ajuda a fazer isso). Você também pode organizar um bazar e vender itens que não usa mais, como roupas, maquiagens e brinquedos dos pequenos. Use a criativida­de!

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