O papel dos probióticos na dieta e na saúde mental
Os conhecimentos sobre nutrição e saúde mental têm se mostrado tão importantes aos olhos da ciência que uma nova área tem surgido: a psiquiatria nutricional. Por isso, vamos falar sobre a flora intestinal (microbioma) e sua relação com a saúde mental. Pessoas que sofrem de depressão têm sérios problemas relacionados à perda de prazer, humor e comprometimento intelectual (desconcentração, desatenção, perda de memória). Os antidepressivos melhoram esses aspectos, mas há uma estreita relação entre o cérebro e o tubo digestivo. Formados a partir da mesma região, eles produzem substâncias semelhantes. A serotonina, por exemplo, que no cérebro está relacionada ao humor, é produzida em quantidades centenas de vezes maior no intestino. Esse sistema depende do bioma. O microbioma é um ecossistema microbiano que contém trilhões de microrganismos, reveste o intestino e ajuda em suas funções. Claro que esse funcionamento é influenciado por outros fatores, como idade, gênero, genética e até estresse. E isso é uma via de mão dupla: estresse muda o funcionamento gastrointestinal e já temos inúmeras evidências de que alterações no microbioma afetam o comportamento e as emoções. Será, então, que podemos alterar esse sistema de organismos vivos a nosso favor? Com a ingestão de probióticos (microrganismos vivos benéficos à saúde), sim! Há muito a pesquisar, porém já é sabido o quanto a dieta é importante nesse processo. Precisamos comer melhor e diminuir a ingestão de antibióticos, pois afetam o microbioma. E o consumo de probióticos é fundamental no processo. O mais potente deles é o kefir, responsável por aumentar a quantidade de bactérias benéficas no corpo e diminuir as que podem causar enfermidades. Consuma-o na vitamina, no iogurte, no leite... Sem dúvida, um excelente hábito para o aparelho digestivo e a saúde mental!
“Precisamos comer melhor e diminuir a ingestão de antibióticos, pois afetam o microbioma. O consumo de probióticos é fundamental. O mais potente é o kefir, que aumenta a quantidade de bactérias benéficas no corpo”