Pré-eclâmpsia: a doença silenciosa
“A pré-eclâmpsia não impede o parto normal desde que devidamente controlada. Com um bom pré-natal, adequado conhecimento dos riscos envolvidos e seguir as orientações de um profissional gabaritado, mãe e feto passarão bem”
Apré-eclâmpsia é uma doença, muitas vezes, silenciosa. Também chamada de doença hipertensiva, ela acomete mulheres grávidas principalmente na primeira gestação. Tem correlação também com quem apresenta maior facilidade de trombose, nas doenças de trombofilias e em pacientes com mutações que favoreçam a coagulação do sangue. É mais comum após a 28ª semana de gestação, nos meses de inverno, em mulheres que já têm hipertensão prévia e naquelas com ganho de peso excessivo e/ou com diabetes gestacional. O diagnóstico se dá por constatação de elevação de pressão e edema generalizado associado a sinais de comprometimento renal, com perda de proteína pela urina. As causas se relacionam a um aumento na resistência ao fluxo de sangue dentro da placenta e comprometimento gradativo da função placentária, levando à redução do ganho de peso do feto e do líquido amniótico (o quadro pode evoluir para perda de oxigenação do bebê, levando-o até a morte). A pré-eclâmpsia pode evoluir para a eclâmpsia (convulsão) se não diagnosticada e tratada a tempo. É importante atentar nesse estágio ao surgimento de dor de cabeça, estômago e visão alterada com pontos brilhantes ou escuros. Assim, episódios extremos da doença podem levar à insuficiência renal crônica, derrame cerebral e até a morte. Mas, há medidas capazes de diminuir seus riscos, como o devido acompanhamento médico. Inicialmente, deve-se fazer repouso, controlar o estresse e eliminar o sal da comida. Se a pressão se mantiver elevada, indica-se o uso de ansiolíticos e anti-hipertensivos. Em casos de trombofilias ou pré-eclâmpsia prévia, pode-se associar um anticoagulante. É importante ressaltar que a pré-eclâmpsia não impede o parto normal desde que devidamente controlada. Com um bom pré-natal, adequado conhecimento dos riscos envolvidos e seguir à risca as orientações de um profissional gabaritado, mãe e feto passarão bem.