Ana Maria

Diabetes infantil: como detectar e tratar

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“É preciso entender que o diabetes nas crianças e nos adultos são tratados de maneira diferente. Por isso, a busca por um profission­al que entenda a situação dos pequenos é essencial – um endocrinol­ogista pediátrico, por exemplo”

Tenho um filho de 10 anos e gostaria de saber a partir de que idade a criança pode ter diabetes?”

M. D., por e-mail

Infelizmen­te, as crianças estão tendo que lidar cada vez mais cedo com a doença. O tipo de diabetes que mais as acomete é o tipo 1, embora, com a epidemia de obesidade, o tipo 2 venha aparecendo mais frequentem­ente também. É preciso entender que o diabetes nas crianças e nos adultos são tratados de maneira diferente. Por isso, a busca por um profission­al que entenda a situação do pequeno é essencial – um endocrinol­ogista pediátrico, por exemplo. Os sintomas que exigem atenção são emagrecime­nto, ir várias vezes ao banheiro fazer xixi, beber muita água e cansaço. No diabetes tipo 1 o organismo não consegue produzir um hormônio chamado insulina, que é importante para tirar o açúcar do sangue e colocar dentro das células do corpo para que a gente tenha energia. O excesso de açúcar no sangue é o que causa a doença. Para controlar o nível de açúcar, as crianças precisam medir a glicemia várias vezes ao dia e fazer reposição de insulina injetável. O teste é realizado com a coleta de uma gotinha de sangue tirada da ponta do dedo. De acordo com o resultado, o paciente vai aplicar insulina para baixar a glicemia ou dar açúcar se estiver com glicemia baixa. Apesar de os cuidados demandarem picadas no dedo e aplicações de injeções, muito tem se avançado no tratamento. Hoje, as seringas têm agulhas bem curtas, há também canetas de aplicação de insulina que facilitam a administra­ção... Muitas opções que causam pouco ou nenhum desconfort­o. Na parte nutriciona­l, existe uma técnica chamada contagem de carboidrat­os, em que a nutricioni­sta ensina a criança quanto de insulina ela faz para quanto de carboidrat­o ela come. Isso vem permitindo a quem tem a doença comer praticamen­te tudo.

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 ??  ?? FERNANDA ANDRÉ Endocrinol­ogista pediátrica. Mestre em endocrinol­ogia e especializ­ação em endocrinol­ogia pediátrica pela UFRJ.
Título de especialis­ta em endocrinol­ogia pediátrica pela Associação Médica Brasileira (AMB).
FERNANDA ANDRÉ Endocrinol­ogista pediátrica. Mestre em endocrinol­ogia e especializ­ação em endocrinol­ogia pediátrica pela UFRJ. Título de especialis­ta em endocrinol­ogia pediátrica pela Associação Médica Brasileira (AMB).

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