BOM HUMOR:
use sem moderação
Levar a vida com bom humor deveria ser regra e não exceção. Não se trata de ser bobo alegre ou de enfrentar situações do dia a dia sem a seriedade devida. Mas de não perder a calma ou a capacidade de rir de si próprio em ocasiões, quando, convenhamos, não há muito que fazer para mudar o que já está estabelecido.
Imagine que você vai para suas tão sonhadas férias na praia. Ao desembarcar no hotel, nada de sol e a previsão é de ventos e trovoadas por uma semana. E aí? Vai fechar o tempo também com quem está à sua volta, como se a fatalidade climática tivesse obrigatoriamente que ter um culpado?
Nem tudo está sob nosso controle. Tem dia que o cano estoura, a gasolina acaba e o vestido eleito para a festa descostura aos 45 do segundo tempo. Essa é a primeira lição que temos que aprender: gastar energia lamentando o que não tem remédio não é inteligente e nos torna pessoas cansativas, que afastam os outros, além de não consertar nada. Mas se a gente empresta um olhar cômico para encarar esses vieses do destino, as pequenas tragédias cotidianas viram piada boa, histórias para contar.
A má notícia é que somos nós, as mulheres, as mais acometidas pelo mau humor crônico. O que sobra em sarcasmo e ironia falta em riso frouxo, aquele que só ri quem, verdadeiramente, consegue ver graça na vida, mesmo quando ela está do avesso.
Converso muito com amigos do sexo oposto, assim, tipo bate-papo de homem pra homem. Faço enquetes, perguntas invasivas e, digamos, íntimas. Sabe o que dez entre dez garotos dizem ser um afrodisíaco poderoso em uma mulher? Pois é: o danado do bom humor. Não é difícil entender: é tão raro encontrar exemplares que se valham do “levanta, sacode a poeira e dá volta por cima”, que essas moscas brancas tendem a se destacar na multidão.
Acreditem: o fato de rir dos tropeços ajuda a tornar a caminhada mais leve, trazendo para perto a certeza de que estamos aqui a passeio, com o objetivo maior de nos divertir. E não de resmungar.
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pessoas cansativas, que afastam
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