Entre o bem e o mal, escolha a SALVAÇÃO

Às vezes, sabemos o que acontece na casa do vizinho, mas não o que acontece dentro de nós. Peçamos ao Senhor luz para nos conhecermos

Refletindo sobre a Primeira Leitura, extraída da Carta de

São Paulo aos Romanos, falemos da luta interior e contínua do Apóstolo dos gentios entre o desejo de fazer o bem e o não ser capaz de realizá-lo. Alguém poderia se perguntar se, ‘realizando o mal que não quer’, São Paulo esteja no inferno, seja um derrotado: ou é um santo, porque também os santos sentem esta guerra dentro de si mesmos.”

É uma luta entre o bem e o mal, mas não um bem abstrato e um mal abstrato: entre o bem que o Espírito Santo nos inspira a fazer e o mal ao qual nos inspira a fazer o espírito maldoso. É uma luta de todos nós. Se alguém de nós dissesse: ‘Mas eu não sinto isso, eu sou um beato, vivo tranquilo, em paz...’, eu diria: ‘você não é beato, você é um anestesiado, que não entende o que acontece’.”

Nesta luta cotidiana, hoje vencemos uma, amanhã, se houver, outra e depois de amanhã mais uma, até o fim. Pensemos também nos mártires, que tiveram que lutar até o fim para manter a fé. E nos santos, como

Teresinha do Menino Jesus, para a qual a luta mais dura era o momento final.”

Existem momentos extraordinários de luta, mas também momentos ordinários, de todos os dias. Evoquemos o Evangelho de Lucas, em que Jesus diz às multidões e, ao mesmo tempo, a todos nós: “Vós sabeis interpretar o aspecto da terra e do céu. Como é que não sabeis interpretar o tempo presente?”

Muitas vezes, nós, cristãos, estamos atarefados em muitas coisas, inclusive boas, mas o que acontece dentro de você?

Quem a inspira?

Qual é a sua tendência espiritual? Quem a leva a fazer isso? A nossa vida habitualmente é como uma vida de rua: caminhamos pela rua, olhando somente para aquilo que nos interessa; não vemos as outras coisas...”

A luta é entre a graça e o pecado. É importante conhecer o que acontece dentro de nós. É preciso viver um pouco interiormente, e não deixar que a nossa alma seja uma rua onde todos passam. Antes de terminar o dia, pense: o que aconteceu hoje de importante dentro de mim? Senti ódio e falei mal; fiz aquela obra de caridade... Devemos nos fazer essas perguntas para conhecer o que acontece dentro de nós. E assim buscar a salvação.”