CARNE NA SUINA FAZ BEM SIM!
Nutricionista desmistifica o consumo desse tipo de proteína, que, ao contrário do que muitos pensam, pode ser considerada uma opção leve e saudável
Se antes era alvo de recusas e críticas, hoje, a carne suína é considerada uma das proteínas animais mais consumidas no mundo todo. Não à toa, uma pesquisa da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), realizada em junho deste ano, apontou que as exportações de suínos do Brasil (o quarto maior produtor do mundo) aumentaram 41% em relação ao ano passado. Mesmo assim, a carne de porco ainda é vista com desconfiança por algumas pessoas, mas está mais do que na hora de esclarecer a questão: na verdade, ela é saudável e pode fazer parte de uma alimentação equilibrada e até mesmo de uma dieta saudável de emagrecimento. Fonte de diversas vitaminas, como as do Complexo B – importantes para a saúde do sistema nervoso central –, os benefícios da ingestão dessa proteína vão longe. Rica em potássio, selênio, zinco e ferro, ela fortalece a imunidade, controla a pressão arterial e faz bem ao coração. Além disso, ainda previne anemia e melhora o aspecto da pele e dos cabelos por conta do seu alto poder antioxidante. “Dependendo do corte e do modo de preparo, a carne de porco pode ter mais benefícios do que o tipo bovino ou frango. Além disso, é muito versátil, saborosa e tem preço bastante razoável”, explica Renata Guirau, nutricionista do Oba Hortifruti. Motivos não faltam para você incluir esse excelente alimento no cardápio sem medo algum. Vem ver!
1. A carne suína de hoje é muito mais saudável do que antigamente
Nos últimos 20 anos, a suinocultura passou por grandes avanços, os quais resultaram em um
alimento com menos gordura e calorias, e maior concentração de nutrientes
importantes na dieta humana. Se antes o rebanho de suínos era criado solto e se alimentava de lavagem, hoje em dia os animais são mantidos em instalações modernas e higiênicas, recebendo uma alimentação balanceada composta por
ração à base de cereais, como milho, trigo, cevada e farelo de soja, eliminando o risco de doenças parasitárias
quando a carne é bem cozida. O resultado final é a criação de um animal com menor teor de gordura e maior quantidade de massa magra. Além disso, o peso médio de um animal para o abate passou de 300 kg para 90 kg no decorrer dos anos. Dessa forma, a carne
suína de hoje apresenta uma diminuição de 31% na quantidade de gordura, 14% no total de calorias e 10% do colesterol em relação à
década de 1990.
2. A carne de porco é rica em proteínas de alto valor biológico
Uma porção de 100 g de lombo suíno assado, por exemplo, fornece 36 g de proteína, enquanto a mesma
quantidade de coxa de frango e fraldinha oferece, respectivamente, 15 g e 24 g desse nutriente. Fora isso, suas proteínas apresentam alto valor biológico. Isso acontece porque, em relação à carne de outros animais, ela fornece um conteúdo maior de aminoácidos essenciais, ou seja, aqueles que não são produzidos pelo nosso organismo e precisam ser obtidos pela alimentação. Para quem pratica exercícios físicos, os cortes magros fornecem energia para o corpo e ainda garantem a manutenção da massa muscular, já que, em
média, 20% do peso da carne de porco são proteínas.
3. A carne suína está entre as proteínas animais com menor quantidade de colesterol
Dependendo do corte, ela pode ter menos da metade do colesterol em relação ao frango, à carne bovina e até mesmo a alguns peixes e frutos do mar. Dessa maneira, a carne suína pode ser mais saudável do que as demais, pois o acúmulo de colesterol nas artérias eleva os riscos de problemas cardiovasculares como infarto e derrame.
4. Alguns cortes podem ser menos gordurosos
do que o frango e a carne bovina
A carne suína consumida hoje pode fornecer um teor menor de gordura em relação a outras fontes de proteína animal. Os cortes mais magros são o lombo, a paleta e o pernil. Quando assados, uma porção de 100 g fornece, respectivamente, cerca de 6 g e 14 g de gordura, enquanto a mesma quantidade de sobrecoxa de frango assada com pele contém 15 g, a picanha oferece 20 g, o
cupim tem 23 g e a costela bovina, 28 g.
5. Ela contém excelentes quantidades de vitaminas e sais
minerais
VITAMINAS DO COMPLEXO
B: necessárias para o desempenho adequado das funções cerebrais e do metabolismo das gorduras e
carboidratos;
POTÁSSIO: evita a pressão alta, previne doenças cardiovasculares, contribui para o bom funcionamento dos rins e colabora com a saúde mental e muscular.
FERRO: mineral imprescindível para possibilitar o transporte de oxigênio pelo sangue e
evitar a anemia.
SELÊNIO: tem um grande poder antioxidante, contribuindo para a prevenção do envelhecimento precoce, de doenças cardiovasculares e
do câncer.
ZINCO: necessário para o fortalecimento da imunidade e para o crescimento de unhas e cabelos.