Ana Maria

A ESPERANÇA é o ar que respiramos

A esperança é como lançar a âncora até a outra margem. Por isso, um cristão que não é capaz de ser propenso, acabará corrompido

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Devemos exortar as pessoas a viverem estimulada­s a ir ao encontro com o Senhor. Caso contrário, podemos acabar corrompido­s e a vida cristã correrá o risco de se tornar uma doutrina filosófica... Por isso, convido a todos para refletir sobre a Primeira Leitura da Liturgia extraída da Carta de São Paulo aos Romanos

(Rm 8,18-25), na qual o Apóstolo canta um hino à esperança.”

Alguns romanos foram se lamentar e Paulo exortou a olhar avante: “Eu entendo que os sofrimento­s do tempo presente nem merecem ser comparados com a glória que deve ser revelada em nós”. Mas a esperança é isso: viver voltados para a revelação do Senhor, para o encontro com Ele. Podem existir sofrimento­s e problemas, porém isso é amanhã. Hoje, você tem o penhor de tal promessa, que é o Espírito

Santo que nos espera e trabalha já a partir desse momento.”

A esperança é difícil de compreende­r, é a mais humilde das virtudes. Se quisermos ser homens e mulheres de esperança, devemos ser pobres, não ligados a nada. E abertos para a outra margem. A esperança é humilde, é uma virtude que deve ser trabalhada.”

A esperança é como lançar a âncora até a outra margem e agarrar-se à corda. Na esperança toda a Criação será libertada, entrará na glória dos filhos de Deus.”

A esperança é saber q ue não podemos fazer o ninho aqui: a vida do cristão é ir adiante. Se ele perde a perspectiv­a, a sua vida se torna estática e as coisas que não se movem, se corrompem.

Pensemos na água: quando a água está parada, não corre, não se move, se corrompe. Um cristão que não é capaz de ser propenso, falta alguma coisa: acabará corrompido. Para ele, a vida cristã será uma doutrina filosófica e, então, viverá assim... Ele dirá que é fé, mas se trata de desesperan­ça.”

Todos os dias é preciso retomá-la, tomar a corda e ver que a âncora está ali fixa e eu a seguro pela mão. Todos os dias é necessário recordar que temos o penhor, que é o Espírito que trabalha em nós em pequenas coisas. Não é fácil viver na esperança, mas eu diria que deveria ser o ar que o cristão respira. Do contrário, não poderá ir avante porque não saberá aonde ir. Se você espera, não será desiludido.”

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