Ana Maria

Alerta: aumentam casos de sífilis e HIV entre jovens

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Dados do Ministério da Saúde mostram avanço no número de casos de HIV e sífilis, inclusive, com casos resistente­s a antibiótic­os de uso rotineiro. Soam alarmes sobre um fenômeno social comum entre nós: a diminuição do alerta pela baixa percepção de risco. Nossos jovens não conviveram com a aids, não perderam amigos e parentes para a doença e mal sabem o que é sífilis. Isso faz com que não entendam e não fiquem alertas sobre os perigos a que estão expostos. Mais ainda: recebem notícias falsas, gerando falsa sensação de segurança. Ainda segundo o Ministério da Saúde, o número de casos aumentou entre jovens até 29 anos. E esse é o grupo que menos usa preservati­vo e o que mais acredita na impossibil­idade de contágio. Campanhas não conseguem atingir esse grupo que, inclusive, acredita que, se contrair HIV, é só tomar remédio que vai se curar. É nesse mesmo grupo que hoje circula a sífilis, que, se não tratada, pode levar a óbito. Há receio ainda do surgimento de grupos resistente­s aos antibiótic­os tradiciona­is, gerando alerta sobre riscos futuros de uma epidemia com resultados dramáticos. Ambas as doenças podem ser passadas ao feto, no caso de gestante portadora, aumentando o risco de aborto, óbito fetal, malformaçõ­es. Infelizmen­te, a tal percepção de risco, especialme­nte dos jovens, em relação às sexualment­e transmissí­veis, está abaixo do desejável. Há a necessidad­e iminente de ‘melhorar’ a informação a todos eles sobre essas doenças que ressurgem sorrateira­mente. Temos que expor os riscos e mazelas, sem floreios, para que todos entendam a gravidade e os riscos. Só por meio de boa informação conseguire­mos gerar alerta e, com isso, mudar os hábitos em relação à segurança sexual. Vamos falar mais a respeito nas próximas colunas, mas já fica o alerta: orientem a todos do seu entorno sobre elas e os riscos que trazem. Ninguém está seguro sem conhecimen­to, alerta e prevenção.

“Temos que expor os riscos e mazelas, sem floreios, para que todos entendam a gravidade e os riscos. Só por meio de boa informação conseguire­mos gerar alerta e, com isso, mudar os hábitos em relação à segurança sexual”

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 ??  ?? ALEXANDRE PUPO Ginecologi­sta do Hospital Sírio-libanês, obstetra, membro do corpo clínico do Hospital Albert Einstein.
Ele também é mastologis­ta e membro titular do núcleo de mastologia do Hospital Sírioliban­ês. É diretor clínico da Clínica Souen, onde atende: www.clinicasou­en.com.br
ALEXANDRE PUPO Ginecologi­sta do Hospital Sírio-libanês, obstetra, membro do corpo clínico do Hospital Albert Einstein. Ele também é mastologis­ta e membro titular do núcleo de mastologia do Hospital Sírioliban­ês. É diretor clínico da Clínica Souen, onde atende: www.clinicasou­en.com.br

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