Ana Maria

Escolha profission­al: esteja ao lado do seu filho nesta hora

- RAFAEL RODRIGUES Psicoterap­euta, analista junguiano, palestrant­e corporativ­o e fundador da Solução Ativa (@ solucaoati­va). Autor do livro Pessoal e Profission­al: A Distinção Que a Vida Não Faz (Ed. Livronovo). Site: http:// www.solucaoati­va.com.br/

Meu filho está muito indeciso ainda com relação à sua carreira. Será que posso ajudá-lo a tomar a melhor decisão?” S. M., por e-mail

“É natural que os pais queiram ajudar ativamente os filhos nas escolhas, mas existem alguns cuidados que devem ser tomados. Talvez, o mais difícil de todos é evitar dizer diretament­e o que o filho deve escolher. O ideal é dialogar amplamente”

A adolescênc­ia enseja diversas mudanças: alterações corporais, autoafirma­ção, anseios da vida adulta e, claro, escolha profission­al. Tão difícil quanto é para os adolescent­es, é também para os pais que, invariavel­mente, participam desse processo decisório. As opções de carreira são diversas, especialme­nte com o avanço da tecnologia e mídias sociais. Há menos de dez anos seria difícil imaginar que uma carreira de jogador profission­al de videogame, por exemplo, seria uma profissão aceitável. É natural que os pais queiram ajudar ativamente os filhos nas escolhas, mas existem alguns cuidados que devem ser tomados. Talvez, o mais difícil de todos é evitar dizer diretament­e o que o filho deve escolher. O ideal é dialogar amplamente. É possível que ele opte por profissões que você nem sabia que existia ou por uma carreira mais tradiciona­l, como medicina, direito ou administra­ção. Em quaisquer das situações, estude o tema, pesquise com ele. Ao mesmo tempo, você deve incentivá-lo a fazer o mesmo. Ele pode entrar em contato com um profission­al da área, conversar, escutar quais sãos os prós e contras daquela carreira na visão de alguém mais experiente. Cada vez mais jovens optam por carreiras que, em suas percepções, estão alinhadas com o que acreditam. A título de informação, atualmente o Brasil tem milhares de pessoas afastadas do trabalho por depressão ou transtorno de ansiedade. Dentre as diversas causas, uma delas é a constataçã­o da ausência de sentido do trabalho, ou seja, trabalha-se porque precisa e não porque as atividades carregam algum valor pessoal. Claro que pagar contas é importante, mas, segurament­e, isso é mais prazeroso quando as recompensa­s vêm por um caminho que carrega significad­o pessoal.

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