Recebemos aquilo que damos
Se você viver baseada na igualdade, a vida terá mil e um motivos para presenteá-la com alegrias
Conversa entre amigas “Meus pais têm quase 90 anos e não há mais como deixá-los sozinhos. Eles sempre foram ativos e é estranho vê-los se tornar tão dependentes. Preciso cuidar deles, mas receio não conseguir.”
Muitas pessoas cobram do outro atitudes que elas mesmas não têm. Por exemplo: tem gente que chega ao trabalho e não cumprimenta quem lá já está, mas se ressente quando é o outro que não dá um alô. Quantas vezes não manifestamos carinho, porém esperamos receber em troca o amor que não oferecemos? O que a maioria não entende é que, quando damos atenção, recebemos atenção também. Quando demonstramos interesse pelos sentimentos alheios, o outro também vai se interessar por tudo o que se passa conosco. Se todo mundo souber amar e se permitir ser amado, não haverá mais ninguém implorando amor. Tudo isso para dizer que recebemos aquilo que damos! Se você é miserável e mesquinha na amplitude da palavra, a vida só vai lhe oferecer migalhas. Já se você viver baseada no respeito e na igualdade, a vida terá mil e um motivos para presenteá-la com alegrias. Porque não dá para esperar de alguém aquilo que não somos capazes de fazer pelo outro. Boa semana e fique com Deus.
P. G., por e-mail
A percepção de que os pais envelheceram não é mesmo fácil, já que ela exige uma inversão de papéis: se antes eles cuidaram de nós, agora nós precisamos cuidar deles. E a situação exige uma mudança interna e externa grande. Por isso, é compreensível você sentir ansiedade, medo, pena... Respire fundo e tente se reorientar emocionalmente para acolher essa nova posição. A situação é delicada, mas não o fim do mundo. Faça tudo com carinho, paciência, bom humor e gratidão. E os dias fluirão tranquilamente. Na hora do aperto, lembre-se: nos seus dias de pesadelos, foram eles que, amorosamente, a acolheram e a ampararam. Agora é a sua vez de retribuir.
Sua amiga, Karlinha