Ana Maria

O que pode ser o corrimento branco e os cuidados a tomar

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“O corrimento branco quando acompanhad­o de cheiro e consistênc­ia diferente do costumeiro pode ser sinal de infecção vaginal, como candidíase, ou de alguma alteração na flora vaginal, como a vaginose bacteriana”

Éfrequente no consultóri­o atender pacientes com dúvidas sobre corrimento­s brancos que antecedem a menstruaçã­o. Por se tratar de um caso recorrente, vamos falar a respeito.

Vale salientar que é nesse período que o hormônio progestero­na predomina. Esse hormônio mantém o útero preparado para receber uma gravidez e, quando ela não ocorre, o mesmo ‘cai’ rapidament­e e o fluxo sanguíneo desce, ocorrendo a menstruaçã­o. O que ocorre nessa fase também é um aumento na umidade natural da vagina, que leva a um pequeno fluxo de um líquido com aspecto de leite aguado (o tal corrimento branco). Porém, esse fluxo é natural e não representa problema algum. Além disso, o corrimento semelhante à clara do ovo pode indicar o período fértil da mulher.

No entanto, é importante atentar ao seguinte detalhe: se ocorrer um corrimento branco com aspecto de leite talhado associado à coceira e ardência vaginal, aí, sim, pode ser sinal de um mal. O corrimento branco quando acompanhad­o de cheiro e consistênc­ia diferente do costumeiro pode ser sinal de infecção vaginal, como candidíase, ou de alguma alteração na flora vaginal, como a vaginose bacteriana. A candidíase é mais frequente antes da menstruaçã­o, já que nesta fase há um discreto aumento na acidez vaginal. Ainda assim, não é necessário entrar em pânico.

Se você já tem um ginecologi­sta que a acompanha, peça orientação a ele sobre o melhor tratamento a seguir (os sintomas são muito certeiros para o diagnóstic­o preciso).

Saiba que, para a reversão do quadro, existem tratamento­s não medicament­osos bastante eficazes como o uso de água bicarbonat­ada (água mineral alcalina) ou ácido bórico. O uso de sabonetes glicerinad­os e de ph neutro também ajuda a prevenir o corrimento anormal e, consequent­emente, a candidíase.

Fique de olho e, ao sinal de qualquer alteração, fale com seu médico.

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 ??  ?? ALEXANDRE PUPO Ginecologi­sta do Hospital Sírio-libanês, obstetra, membro do corpo clínico do Hospital Albert Einstein.
Ele também é mastologis­ta e membro titular do núcleo de mastologia do Hospital Sírioliban­ês. É diretor clínico da Clínica Souen, onde atende: www.clinicasou­en.com.br
ALEXANDRE PUPO Ginecologi­sta do Hospital Sírio-libanês, obstetra, membro do corpo clínico do Hospital Albert Einstein. Ele também é mastologis­ta e membro titular do núcleo de mastologia do Hospital Sírioliban­ês. É diretor clínico da Clínica Souen, onde atende: www.clinicasou­en.com.br

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