CORONAVÍRUS NO BRASIL – E AGORA?
Além de Preta Gil, famosos como Fernanda Paes Leme, Gabriela Pugliesi e Tom Hanks foram infectados com o coronavírus. Várias outras pessoas, celebridades e anônimas, estão reclusas aguardando o resultado do teste ou se isolando em quarentena para não disseminar a doença. Até o dia 22 de março, mais de 300 mil casos já haviam sido confirmados no mundo, com mais de 11 mil mortes. No Brasil, o número de infectados batia 1.456 (existem contaminados em todos os estados do país), além de 25 mortes (todas nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro). O fato é que esse novo vírus se dissemina muito rapidamente. Não à toa, as empresas estão liberando funcionários para trabalhar de casa e o governo recomenda isolamento. Segundo a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), uma pessoa com a doença pode transmitir o vírus para, em média, outras 2,74 pessoas. Comparativamente, para o H1N1, em 2009, essa taxa era de 1,5. “É provável que pessoas assintomáticas também sejam transmissoras, porém, a maior transmissibilidade vem de pacientes sintomáticos, entre o terceiro e o quinto dia do início dos sinais. Somam-se esses dados ao fato de ser um vírus novo e, por isso, a alta suscetibilidade à infecção”, explica a médica clínica geral e nefrologista Shirley Gonçalves Menezes, de São Paulo.
ISOLAMENTO, ÁLCOOL GEL E MÁSCARA
Além de permanecer em casa, sem sair às ruas, pelo menos nos próximos 14 dias (vale seguir as orientações atualizadas do Ministério da Saúde), a principal forma de prevenção está em lavar as mãos com água e sabão frequentemente e evitar levá-las aos olhos, nariz e boca. indica-se manter boa hidratação e alimentação.
Diante da necessidade de sair de casa, o álcool gel 70% substitui as lavagens. Mas cuidado com versões caseiras que utilizam gelatina e outros ingredientes – segundo a especialista, elas não funcionam e podem até acumular bactérias, piorando a situação. “Faltou álcool gel? Lave as mãos com sabonete que a proteção é a mesma. Esfregue a palma, o dorso, todos os dedos, o espaço entre eles, punhos, ponta dos dedos e unhas”, recomenda.
O uso de máscara está indicado apenas a pessoas com sintomas respiratórios e profissionais de saúde. “Pessoas sem sintomas só devem utilizá-las ao prestar cuidados a alguém com suspeita de coronavírus”, explica Shirley. Porém, se ao retirá-la, você não tiver higienizado bem as mãos ou tocar na parte externa e em seguida encostar no olho, nariz ou boca, a transmissão pode ocorrer da mesma forma.