A parceria entre o casal só faz a relação fortalecer
Acho que meu marido me ajuda pouco nas tarefas de casa, aquelas básicas mesmo. Me sinto frustrada...” H. B., por e-mail
“Quando um serve ao outro em seus devidos papéis, tudo pode ser inexplicavelmente melhor, desde que valorizem isso com constância, consciência e congruência, claro! Reflita bem a respeito.”
É muito comum em todo tipo de convivência a expectativa sobre alguma ação do outro que realize o que, muitas vezes, em nossa mente, é o ‘básico’ desde um elogio até alguma atividade que demande mais esforço e energia, ou uma simples arrumadinha na pia cheia de louças. Já reparou o quanto sentimos certa revolta quando essa expectativa não é atendida? A reflexão a respeito disso pode começar com a pergunta: se é o básico, qual motivo esperar tanto e me frutrar por isso? A partir disso, talvez, possamos entender que o que é comumente conhecido como básico possa não ser tão básico assim. Usando uma matemática simples, quantos minutos usamos em dez anos para lavar a louça todos os dias? E se o companheiro assumisse essa função toda noite, quanto tempo teriam a mais para se acariciarem, conversarem, se beijarem? Se o casal se propusesse a dividir as funções básicas, os elogios e tudo que complementa a convivência, quanto tempo ganhariam juntos em uma década? Sendo meia hora de louça por dia, diariamente durante um ano, em dez anos, estamos falando em uma média de 1.825 horas a mais de amor e carinho. Consegue imaginar a diferença que isso pode fazer no dia a dia se reconhecermos sua importância, e não tratarmos como o básico? Abdicar do que nos é vendido como básico e dizer SIM para tudo o que é inerente ao cuidado e aos pequenos gestos da rotina, não faria enxergar o companheiro com outros olhos, com mais amor? Quando um serve ao outro em seus devidos papéis, tudo pode ser inexplicavelmente melhor, desde que valorizem isso com constância, consciência e congruência, claro. Isso faz sentido para você? Reflita bem a respeito.