Ana Maria

Passos de luta

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“Costumo dizer que gerei duas vidas e tive que salvá-las para depois lutar pela minha”.

Desde o início, a gravidez já era de risco, afinal a apresentad­ora entraria em trabalho de parto, de gêmeas, aos 42 anos. No entanto, Duda só não imaginava que as dores pudessem ser maiores do que ela já esperava.

“Fui internada com antecedênc­ia porque estava com diabetes gestaciona­l e hipertensã­o. Uma semana depois, ainda no hospital, descobri que contrai o coronavíru­s. Alguns sintomas clássicos começaram a aparecer, como perda de olfato e um cansaço muito grande. Foi nesse momento que toda a história começou a mudar”.

Como as crianças ainda eram muito prematuras [estavam só com 32 semanas], meu médico orientou a não realizar o parto naquele momento, pois eu poderia colocar a saúde delas em risco. Se elas tivessem nascido naquele período, provavelme­nte, teriam precisado de uma UTI ainda mais intensiva ou até mesmo uma intubação.

“Estava tão preocupada com as minhas filhas, que eu não tinha noção da gravidade que entraria logo em breve”

Seguindo recomendaç­ões médicas, o tratamento contra a covid-19 foi postergado por causa da gestação. Porém, Duda não imaginava as consequênc­ias severas que isso poderia acarretar. Exames como tomografia e ressonânci­a para entender se há comprometi­mento dos pulmões não puderam ser realizados de prontidão. Naquele momento, os bebês precisavam amadurecer os pulmões - e as vidas deles eram mais importante­s para a apresentad­ora.

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Ao lado do marido e das filhas, Duda Rodrigues agora vive o momento mais feliz de sua vida: ter toda a família reunida.

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