OBRAS DE ARTE DO METRÔ GANHAM PROJETO DE CONSERVAÇÃO
Patrocinada pela Bombril, iniciativa prevê a recuperação de 21 obras de artistas emblemáticos da arte brasileira. O processo de conservação contemplou cinco trabalhos instalados nas estações Trianon-MASP, Santos-Imigrantes e Paraíso.
Desde o começo de novembro, esculturas, murais e painéis, trabalhos de nomes emblemáticos da arte contemporânea brasileira e instalados no Metrô de São Paulo passam por um minucioso processo de limpeza, conservação e proteção. São 21 obras de artistas como Cláudio Tozzi, Denise Milan, Francisco Brennand, Geraldo de Barros e Gilberto Salvador, criações que hoje trazem marcas ocasionadas pelo tempo e por intempéries diversas. Com patrocínio da Bombril, apoio do ProAC e da Secretaria Estadual de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, o projeto é idealizado pelo produtor Eduardo L. Campos e realizado em parceria com o escritório Julio Moraes Conservação e Restauro .
A ação teve início na Estação Clínicas com a conservação da instalação “O Ventre da Vida”, de Denise Milan e Ary Perez. Logo em seguida, a equipe migrou para as estações Trianon-MASP, Santos-Imigrantes e Paraíso com a conservação das obras “Pássaro Rocca” (1990) de Francisco Brennand, “Esfera” (2009), de Marcos Garrot, “O Equilíbrio” (1989) e “A Semente” (1996), de Renato Brunello e o painel “O Paraíso” (1995), de Betty Millan. O processo deve se estender até abril de 2021.
Cada trabalho recebe cuidados específicos, feitos de acordo com o estado de preservação, e ao final do processo a obra recebe uma camada protetora, que prolonga o período de proteção, e facilita limpezas futuras.
O cronograma de conservação ainda contempla as obras das Estações Pedro II (“Figuras Entrelaçadas”, escultura de Antonio Cordeiro), Clí
(“Jogos de dados”, painéis de Geraldo de Barros), Vila Madalena (Homenagem a Galileu Galilei II”, escultura de Cleber Machado), “Santuário Nossa Senhora de Fátima” - Sumaré (escultura Sem título, de Caito), Trianon-MASP (a escultura “Pássaro Rocca”, de Francisco Brennand), Paraíso (painel “O Paraíso”, de Betty Millan, e a escultura “Equilíbrio”, de Renato Brunello), Jardim São Paulo - Ayrton Senna (“Voo de Xangô”, escultura de Gilberto Salvador), Tucuruvi (“A Semente”, escultura de Renato Brunello), Tiradentes (Sem título, escultura de Akinori Nakatani), República (“Resíduos e Vestígios - Século XXI - Vitrine / Cápsulas”, de Bené Fonteles; - “Resíduos e Vestígios - Século XXI - Grande Cocar”, de Roberto Mícoli; “Resíduos e Vestígios - Século XXI - Luz da Matéria”, de Xico Chaves; “Resíduos e Vestígios - Século XXI” (duas instalações), de Luiz Hermano; e Santos-Imigrantes (“Esfera”, escultura de Marcos Garrot).
O longo processo de recuperação, com todos os detalhes da ação, é registrado por meio de fotos e vídeos em um catálogo digital e impresso e ainda no documentário “Conservação das Obras de Arte do Metrô”. Ambos serão apresentados e distribuídos gratuitamente ao público no término do projeto.
A missão do projeto converge com a cultura da Bombril, que há 72 anos é uma grande aliada dos brasileiros, oferecendo uma linha completa de produtos de higiene e limpeza para casa e para o cuidado com as roupas. O Metrô de São Paulo é uma referência mundial, motivo de orgulho para os paulistanos, e contribuir para conservação das obras de arte ali instaladas é, para Bombril, um modo de valorizar a cultura e memória do Brasil.
“Para além de prolongar a vida destas obras, o projeto chama a atenção para a existência da arte no dia a dia das pessoas que transitam pelo Metrô de São Paulo. O papel da arte e sua relevância para sociedade serão reafirmados no mundo pós-pandemia. Essa ação é um presente que oferecemos à São Paulo”, diz Eduardo L. Campos, diretor da Sequoia Produções.