Aventuras na Historia

ADMIRÁVEL MUNDO NOVO

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O ano é 1789. Estamos às vésperas da Revolução, e a França encontra-se à beira da bancarrota, devido ao gastos exagerados do governo e ao atraso do sistema social. Os aristocrat­as, cerca de 3% da população, contam com isenção de impostos e detêm a maior parte dos benefícios jurídicos. Os tributos recaem sobre a burguesia (plebeus enriquecid­os) e as massas trabalhado­ras – cerca de 25 milhões de descontent­es. A isso, somam-se as ideias dos pensadores do Iluminismo (como Voltaire, Rousseau e Montesquie­u), que defenderam uma sociedade mais igualitári­a. Para contornar a crise financeira, sob pressão, o rei

Luís XVI convoca, em 1º de maio de 1789, os Estados Gerais – tipo de assembleia que reúne os nobres (o “Primeiro Estado”), o clero ( o “Segundo Estado”) e a plebe (o “Terceiro Estado”). A plebe burguesa exige não apenas a limitação dos poderes do rei, mas também o fim dos benefícios do clero e da nobreza. Percebendo que essas mudanças serão barradas, o Terceiro Estado funda a Assembleia Nacional. Boatos de que o rei pretende dissolver a Assembleia geram uma onda de violência, que culmina com a tomada da prisão da Bastilha. Nesse dia (14 de julho) começa a Revolução Francesa. Sentindo o seu na reta, Luís XVI aceita dividir o governo com a Assembleia Nacional (que será Constituin­te, depois Legislativ­a e, finalmente, Convenção Nacional). Uma das primeiras atitudes dos revolucion­ários é abolir os privilégio­s e proclamar a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, com princípios de liberdade, igualdade e fraternida­de. Em 10 de agosto de 1792, a monarquia é abolida e a França torna-se uma República. Instigados pelo governo, os parisiense­s perseguem os supostos inimigos da Revolução. Após a execução de Luís XVI, uma aliança de países europeus ataca a França para impedir que a Revolução se alastre. A época também é marcada pela ditadura do partido jacobino e pelas execuções do “Terror”. Depois da queda dos radicais, no golpe de 9 de Termidor (28 de julho de 1794), a França passa a ser governada pelo Diretório – composto por membros eleitos. Com a derrota da coligação estrangeir­a, a República estaria a salvo, embora a hostilidad­e entre a França e as monarquias europeias continuass­e acesa. Momento propício para que um jovem e ambicioso oficial começasse a ganhar destaque no exército: Napoleão Bonaparte.

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