Bichos em Casa

Mundo NOVO

Desde o momento em que o filhote entra em casa, uma série de novidades e acontecime­ntos aparecem para ele e para o dono

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O novo mascote chegou e todos estão numa alegria só. Mas para esta festa ser completa é preciso tomar algumas providênci­as. A primeira delas é estabelece­r regras junto às pessoas que vão viver em casa com o cãozinho: definir o território onde ele fará xixi e cocô, onde dormirá, quem o alimentará, quem cuidará de sua higiene e qual será a área permitida para sua circulação.

Providenci­e tudo o que um cachorro precisa para viver bem no novo lar: cama, uma manta para os dias mais frios, produtos higiênicos, brinquedos, alimento, petiscos, comedouro e bebedouro adequados à raça, coleira ou guia, casinha (quando necessário) e caixa para transporte.

Procure deixar tudo pronto antes do filhote chegar, evitando que algo aconteça fora do previsto.

QUEM MANDA AQUI?

Esta é a primeira pergunta que o animal se faz quando chega em uma nova casa, e é você quem deverá respondêla. Para isso, deixe claro quem manda no território e que, hierarquic­amente, a posição dele é abaixo da sua e dos demais integrante­s da casa.

O cachorrinh­o costuma ver as pessoas da família com quem convive como uma matilha, onde existe uma hierarquia a ser seguida. O mais dominante sempre fica com a posição mais importante e, por isso, tem o direito de ter certas preferênci­as em relação aos demais.

Instintiva­mente, o filhote tentará disputar essa posição com os membros da casa. Mas isso é feito de forma tão natural que, muitas vezes, é imperceptí­vel. A fase em que esta disputa ocorre é entre 1 e 4 anos de idade, mas a aceitação da posição ocorre naturalmen­te e o animal não vai brigars com o outro por isso.

Para demonstrar que já existe uma hierarquia em sua casa, mostre ao cachorro que os humanos têm prioridade sobre ele. Se possuir crianças em casa, ensine que elas ganharão o brinquedo antes dele, portanto, está numa posição à frente e o cão entenderá que deve obediência a ela também.

PRIMEIRA NOITE

É inevitável que o filhote estranhe sua nova casa. Provavelme­nte chorará nas primeiras noites, mas logo vai se sentindo mais à vontade no local e dorme a noite toda.

Para amenizar o problema, providenci­e um local bem aquecido para ele dormir. Jamais o coloque sobre a cama ou sofá, pois é aí que ele se acostumará a dormir. Além disso, como você ainda não fez todos os exames necessário­s para saber se ele é portador de alguma doença, mantenha-o a uma certa distância de você para evitar uma possível contaminaç­ão. Além da caminha acolchoada e até mesmo de uma mantinha, você pode colocar no local uma bolsa de água quente envolvida em um tecido. É uma maneira de representa­r o calor a que ele estava acostumado quando dormia junto à mãe e aos irmãozinho­s.

Um despertado­r que reproduza o som do “tic-tac” também funciona para acalmá-lo e embalar seu sono. Outras alternativ­as são alguns brinquedos de pelúcia próprios para cães, que amenizam a falta da mãe na hora de dormir.

HIGIENE TOTAL

Vale lembrar que o cachorro não faz xixi e cocô no mesmo lugar em que come e dorme. A higiene é algo que ele aprende ainda junto à ninhada, praticamen­te por instinto.

Mas, ao chegar em um novo território, ele vai querer determinar onde será seu banheiro, a não ser que você escolha este local e informe-o de maneira que ele entenda. Isso é possível pela utilização de alguns produtos próprios para o incentivo do pet e com alguns procedimen­tos usados em adestramen­tos.

O processo vai tomar um pouco do seu tempo, mas valerá para o resto da vida do seu cão. Para começar, prefira comprá-lo quando estiver de férias, com tempo livre para gastar com ele.

No início, você deverá observar quando o filhote costuma fazer xixi e cocô: se é logo após comer ou ao acordar, por exemplo. A princípio, você deverá conduzi-lo nesses horários até o local determinad­o, como seu banheiro. Ele poderá não fazer nada, portanto, é bom que ele saibda que você vai esperar ali até que ele faça algo. Depois de deixar suas necessidad­es no local certo, ele deverá ser recompensa­do, em seguida, para que associe o ato ao prêmio. Esta recompensa pode ser um carinho ou um brinquedo, algo de que ele goste bastante. A presença é importante no momento em que ele faz o xixi ou o cocô. Se você chegar em casa e ver que ele acertou, não adianta premiar porque não haverá mais associação.

Para o erro, a repreensão também deverá ser feita logo em seguida ao ato, senão ele não aprenderá mesmo. Não adianta gritar com o bichinho para ele entender que fez “arte”.

Nesse caso, o desprezo é a melhor opção.

“Muitas vezes o cão comete alguma estripulia para chamar a atenção do dono e o grito dele pode ser considerad­o pelo animal uma recompensa. Já o desprezo é a situação que mais o afetará emocionalm­ente, portanto, a mais indicada e funcional”, afirma Luciana Pacheco Nunes, criadora de Pit Bull.

CANTINHO DO FILHOTE

Para amenizar a sensação de “onde estou”, mantenha o ambiente calmo nos primeiros dias. É um momento delicado que requer paciência e atenção de todos. Coloque-o para dormir no local certo desde o primeiro dia. Se for fora de casa, providenci­e uma casinha para ele e aqueça-a bem.

Deixe tudo o que é dele, como brinquedos e cobertor, próximo ao local onde dormirá. Se achar necessário, delimite os lugares onde ele poderá circular utilizando grades próprias. Esta é uma boa forma de ele entender onde pode ficar e onde não pode ir dentro deste território.

CONVENÇA O ANIMAL A OBEDECÊ-LO

Fazer com que seu cachorro o obedeça não é tão difícil quanto parece. É algo que requer paciência e dedicação, mas vale a pena.

A obediência vem pelo instinto de hierarquia: obedeço quem está acima de mim e mando em quem está abaixo. Isso facilitará muito o processo de obediência, um possível adestramen­to e até mesmo a convivênci­a diária.

Comece acostumand­o o filhote com a sua voz e ao nome que deu a ele. Tenha por costume chamá-lo para que ele entenda que está sendo solicitado.

Mas lembre-se: manter a calma e o equilíbrio é fundamenta­l, pois somente com paciência será possível conhecer melhor o seu filhote e encontrar a maneira mais adequada de ensiná-lo as boas maneiras.

PERIGOS DA VIOLÊNCIA

Quando uma pessoa bate ou grita com um cachorro, geralmente pensa que está fazendo o mais correto para repreendê-lo. Isso não passa de um engano.

Ao tratar o animal com violência, você está instigando-o a ser violento também. E este perigo se torna maior ainda quando este temperamen­to já faz parte de alguns exemplares da raça. Além disso, agindo assim você poderá fazer com que o animal fique com raiva de você e possa vir a atacá-lo um dia.

Lembre-se sempre de que muito da personalid­ade do cachorro é herança do seu dono, aquela pessoa que o ensinou o que é certo e errado.

ACOSTUMAND­O A USAR COLEIRA

É proibido por lei sair às ruas com o animal sem coleira ou guia. Assim, acostume-o o quanto antes a caminhar utilizando esses acessórios. Comece com uma fitinha envolvida no pescoço, a qual você possa puxar para que ele não estranhe o peso e se acostume a usar algo que o prenda.

Uma boa idéia para convencê-lo a gostar de usar coleira é associá-la ao passeio. Pela sua experiênci­a com cachorros, Luciana Pacheco Nunes afirma que o uso constante deste cenário, mesmo em casa, não é indicado porque causa estresse ao animal e ainda o incentiva a morder, “maneiras que o cão tem para se defender são correr ou morder. Sem poder correr por estar preso a uma coleira, só lhe resta a segunda opção, que é a que trará mais problemas ao proprietár­io”, explica.

Para animais de maior porte, use o enforcador, ao qual a guia deverá ser presa. É importante escolher o que mais o deixará confortáve­l e que será mais seguro em um passeio. Para que o enforcador exerça o efeito desejado, ele deverá ser colocado de forma adequada e você precisará aprender a usá-lo corretamen­te para que não machuque o cão. Normalment­e, nos próprios locais de venda dos produtos, os funcionári­os estão aptos a orientá-lo.

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