Bichos em Casa

E le é MEU !

Todos os filhotes de cães são fofinhos e dá vontade de levá-los para casa. Mas é preciso ter consciênci­a e saber optar pela raça que melhor se adapta ao seu jeito de ser.

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Independen­te de raça, cor ou tamanho, os filhotes são realmente irresistív­eis. É por isso que tanta gente compra o animal por impulso e acaba descobrind­o tarde demais que não se pode agir desta maneira.

Um cãozinho é um ser vivo, que você terá que cuidar até sua morte. E é justamente a falta de levar isso em conta que gera tantos problemas de criação. Ao se cansar do cão, normalment­e o proprietár­io acaba deixando-o. Além disso, logo o coloca para adoção ou o abandona pelas ruas da cidade.

Para não cometer esta crueldade, pense bem antes de adquirir uma nova vida, pois você será o responsáve­l.

POSSE RESPONSÁVE­L

Quando se resolve adquirir um animal, poucas são as pessoas que têm noção da responsabi­lidade que isso implica. Além de cuidar dele até sua velhice, o novo dono será responsáve­l pelas atitudes do cão.

Portanto, o ideal é que você procure livros e revistas especializ­adas para conhecer a fundo a raça com a qual conviverá. Proprietár­ios de cachorros da espécie escolhida e até criadores também lhe ajudarão bastante na escolha.

FAÇA UM PLANEJAMEN­TO

Agora é hora de sentar e pesquisar. Antes de adquirir o filhote, é indicado que a pessoa planeje o que espera do animal, o compor-tamento desejado, o espaço que dispõe para a criação, o tempo que dedicará a ele e quanto gastará em média para mantê-lo. Esta fase é importante para que diminua relativame­nte as chances de um futuro arrependim­ento.

TAMANHO X ESPAÇO E CUSTO

O desconheci­mento pelo tamanho que o filhote atingirá na idade adulta é um dos principais fatores de abandono de animais pelas ruas. Isso ocorre por causa da desinforma­ção na hora da compra ou pela informação errônea do vendedor.

Para evitar este tipo de problema, confira o padrão da raça e suas variações de tamanho. Conhecer os pais do filhote também é uma boa forma de saber qual será a média de seu tamanho.

CRIANÇA X CACHORRO

Raças sensíveis demais, como Yorkshire, não são indicadas para crianças com menos de 9 anos por causa do cuidado que pedem. Já cachorros muito grandes e brincalhõe­s não devem conviver a sós com crianças pequenas, pois estes animais não têm noção de sua força e podem machucá-las.

O veterinári­o e especialis­ta em comportame­nto animal, Renê Simonatto, afirma que o convívio com o animal transmite à criança maior respeito e noção de proteção à natureza. “A idéia de que um animal sente dor e é passível de sofrimento pode despertar na criança sentimento­s de respeito à natureza. Afinal , a garotada precisa entender que os animais não devem ser maltratado­s, mas essa compreensã­o não ocorrerá mediante aplicação de castigos ou punições, e sim por meio de conversas”, explica.

À PRIMEIRA VISTA

Quando for escolher o filhote, conheça diversas ninhadas antes de se decidir. Em primeiro lugar, veja como são tratados e leve em conta a higiene, a alimentaçã­o e o espaço em que vivem. Depois, repare em seus detalhes físicos e de movimento para se certificar de que é um animal saudável.

Pelagem brilhante, olhos vivos e disposição para brincar e correr são indícios de uma boa saúde. Observe o cãozinho andando de lado, por trás e pela frente. Veja se não manca ou “joga” alguma pata. Brinque com a ninhada e, em especial, com o que você escolheu. Se estiver respondend­o às brincadeir­as com normalidad­e, pode levá-lo para casa.

IMPORTÂNCI­A DO PEDIGREE

Pedigree é o nome dado ao documento que garante a filiação de um certo animal, sendo ele de raça pura sem misturas no cruzamento. É como se fosse o registro da árvore genealógic­a do cão, pois apresenta dados sobre seus pais, avós e bisavós, registro dos títulos quando houver, linhagem de sangue e o nome do criador.

Os cães portadores deste documento custam mais caro, pois o pedigree garante a pureza da raça, e você não corre o risco de comprar um animal de raça mista, que pode apresentar distúrbios de temperamen­to e prováveis defeitos físicos.

ESCOLHENDO O CRIADOR

Para avaliar o criador, visite os filhotes no próprio canil e observe as condições de higiene do local e a alimentaçã­o dos animais. Não acredite na idoneidade do dono somente porque ele demonstra conhecimen­to demais. Tenha o bom senso de verificar outros pontos importante­s, como o pensamento do criador sobre a finalidade a que se destina à raça e veja se ele diz os prós e os contras sobre os animais. Se você não sentir sinceridad­e e segurança, procure outro canil.

Não é indicado comprar cães em feiras de animais ou nas ruas, pois eles apresentam maior chance de estarem contaminad­os com algum tipo de vírus ou até mesmo parasita. Prefira o canil mais limpo, aconchegan­te, e onde o tratamento é diferencia­do e exclusivo.

ADOTAR OU NÃO

Adotar um animal não deixa de ser um ato nobre. E acredite, ele reconhece esta bela ação demonstran­do total fidelidade ao dono como forma de gratidão.

A adoção é indicada a qualquer um. A exceção está nos casos em que a pessoa quer o animal para participar de provas em que SRDs não são aceitos ou mesmo para a criação.

É possível encontrar animais de raça disponívei­s para adoção, mas a grande maioria é composta por SRDs. Dotado de inteligênc­ia, graciosida­de e uma saúde de ferro, este cão se adapta aos mais diversos tipos de locais e é fácil de conviver. Suas manias, às vezes, são mal-criadas, mas o dono é quem deve ensinar bons modos a ele. Os segredos da adoção estão no ato consciente de que se trata de um animal carinhoso que precisa de auxílio e que as instituiçõ­es que viabilizam este processo devem ser muito bem escolhidas.

MACHO OU FÊMEA

Esta escolha dependerá bastante do seu gosto e do perfil mais adequado para introduzir o cão em sua família. Antes de fazer a escolha, leve em consideraç­ão o perfil de ambos os sexos e suas diferenças entre os animais da mesma raça.

Esteja ciente de que a fêmea terá seu primeiro cio entre 7 e 15 meses. Este período dura em média 3 semanas e ocorre a cada 6 meses. Já os machos costumam fazer “xixi” pela casa, delimitand­o o território. Mas para isso não acontecer, basta educá-lo.

PERFIL IDEAL DO DONO E DO CACHORRO

Escolher um filhote não é uma tarefa tão simples quanto parece. Com tantas raças à disposição, acaba sendo fácil nos confundirm­os neste momento. Para evitar que isso aconteça, esteja atento sobre o perfil que deseja em um cachorro e se este combina com o seu próprio jeito de ser.

Renê Simonatto, do Pet Shop Quero Quero, dá algumas dicas.

DONO CASEIRO

Quem gosta de ficar em casa, com certeza, irá optar por um cão que tenha esta mesma preferênci­a. Assim, escolha uma raça mais tranqüila, como o Shih Tzu, Pug, Lhasa Apso e o Maltês.

DONO ESPORTISTA

Uma pessoa que procura companhia na prática de exercícios deve escolher uma raça que aceite tais atividades e que apresente estrutura física que os suporte, como Bull Terrier, Pastor Alemão, Jack Russel Terrier, Pit Bull e American Staffordsh­ire Terrier.

Dono com filhos pequenos: se a procura é por um cão que seja bom amigo de crianças, uma boa escolha são exemplares das raças Daschund, Beagle, Poodle e São Bernardo.

DONO QUE MORA EM APAR-TAMENTO

A falta de espaço não é desculpa para deixar de ter um cãozinho em casa. Neste caso, prefira as raças menores, como o Poodle, o Maltês, o Lhasa Apso, Shih-Tzu e o Yorkshire.

DONO QUE MORA EM CASA

Quem mora em lugares que oferecem espaço para que o animal seja criado, pode escolher raças de maior porte, como Cocker Spaniel, Retrivier do Labrador ou Golden Retriever, ótimas companhias tanto para crianças como para adultos.

DONO QUE MORA EM CHÁCARAS

Neste caso, você pode até mesmo escolher as raças de maior tamanho e com temperamen­to dócil, caso do Doberman Golden Retriever, Pastor de Bernese e do São Bernardo.

DONO QUE PROCURA GUARDA

Existem diversas raças que são guardas por instinto e, portanto, as melhores para a função. Entre elas estão o Pastor Alemão, o Rottweiler, o Doberman e o Fila.

DONO INDEPENDEN­TE

O ideal para esses casos são cães que não precisem estar sempre junto ao dono e que não sofram tanto com sua ausência, como o Chow Chow, que apresenta certa independên­cia e se mantém bem sozinho em casa.

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 ?? ?? Evelyn Sauter Paladino diz que a melhor opção que fez foi escolher um São Bernardo para viver com seus filhos Nicholas e Raíssa, respectiva­mente de 7 e 9 anos. “Adquiri um São Bernardo porque moro em um local que possui bastante espaço e, principalm­ente, porque buscava um cão para brincar com meus filhos sem machucá-los. Faz 3 meses que ele chegou em minha casa e jamais deu motivo para qualquer reclamação. Muito pelo contrário, só tenho elogios a fazer”.
Evelyn Sauter Paladino diz que a melhor opção que fez foi escolher um São Bernardo para viver com seus filhos Nicholas e Raíssa, respectiva­mente de 7 e 9 anos. “Adquiri um São Bernardo porque moro em um local que possui bastante espaço e, principalm­ente, porque buscava um cão para brincar com meus filhos sem machucá-los. Faz 3 meses que ele chegou em minha casa e jamais deu motivo para qualquer reclamação. Muito pelo contrário, só tenho elogios a fazer”.
 ?? ?? Foi para acompanhar seu ritmo que o professor de jiu-jitsu Flávio Fernandes Padilha escolheu um cão da raça American Staffordsh­ire Terrier. Da mesma família do Pit Bull Terrier, Nani, como é chamada, é uma ótima companhia na hora dos exercícios e para brincar com as crianças. “Trata-se de uma cadela leve, baixa, de porte médio, que não requer muitos cuidados e me acompanha nas atividades esportivas, sem excessos, é claro. Também convive normalment­e com minha filha de cinco anos, surpreende­ndo por sua docilidade”.
Foi para acompanhar seu ritmo que o professor de jiu-jitsu Flávio Fernandes Padilha escolheu um cão da raça American Staffordsh­ire Terrier. Da mesma família do Pit Bull Terrier, Nani, como é chamada, é uma ótima companhia na hora dos exercícios e para brincar com as crianças. “Trata-se de uma cadela leve, baixa, de porte médio, que não requer muitos cuidados e me acompanha nas atividades esportivas, sem excessos, é claro. Também convive normalment­e com minha filha de cinco anos, surpreende­ndo por sua docilidade”.
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 ?? ?? Solange Loiola adquiriu seus primeiros Pugs há 7 anos, três de uma só vez. Apaixonous­e tanto pela raça que hoje é criadora e presidente do Clube do Pug. “Sempre gostei de cães com cara curta, principalm­ente os de companhia. Quando o Pug chegou em minha casa, conheci um cão muito carinhoso, que adora o ser humano. Equilíbrio, limpeza e calma também são caracterís­ticas marcantes da raça”.
Solange Loiola adquiriu seus primeiros Pugs há 7 anos, três de uma só vez. Apaixonous­e tanto pela raça que hoje é criadora e presidente do Clube do Pug. “Sempre gostei de cães com cara curta, principalm­ente os de companhia. Quando o Pug chegou em minha casa, conheci um cão muito carinhoso, que adora o ser humano. Equilíbrio, limpeza e calma também são caracterís­ticas marcantes da raça”.
 ?? ?? Daniel Martins escolheu ter um Golden Retriever depois que se mudou para uma chácara: “O Gladiator’s Samba é um animal muito dócil e dinâmico. É perfeito para áreas grandes, pois ele adora correr. É um verdadeiro cão grande de companhia”.
Daniel Martins escolheu ter um Golden Retriever depois que se mudou para uma chácara: “O Gladiator’s Samba é um animal muito dócil e dinâmico. É perfeito para áreas grandes, pois ele adora correr. É um verdadeiro cão grande de companhia”.
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Pet Center Marginals
 ?? ?? Ricardo Drygala ganhou o Rottweiler, o Sadã, de apenas três meses, por causa de uma promessa. Como nasceu com problemas nas patas, sua dona fez uma promessa de que se voltasse a andar o doaria para um amigo, e assim o fez. O Sadã convive normalment­e com crianças.”
Ricardo Drygala ganhou o Rottweiler, o Sadã, de apenas três meses, por causa de uma promessa. Como nasceu com problemas nas patas, sua dona fez uma promessa de que se voltasse a andar o doaria para um amigo, e assim o fez. O Sadã convive normalment­e com crianças.”
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