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BMW S1000R e R Nine T, do vintage ao moderno

- Por Caio Ambrosio

Na Best of the Best dessa edição, trazemos duas motos ícones da BMW, para gostos e perfis distintos: o primeiro é um esportivo de 160 cavalos de potência e visual agressivo, o segundo trata-se de um modelo comemorati­vo que evoca toda a história e tradição da marca em duas rodas

S 1000 R

Baseada na versão esportiva S 1000 RR, a S 1000 R tem estilo agressivo, com rabeta alta, frente baixa e ainda conserva diversos elementos visuais da “irmã”. As aletas laterais do radiador, por exemplo, trazem as mesmas entradas de ar ao lado direito da moto, enquanto os dois faróis assimétric­os foram compactado­s em uma pequena carenagem. Na rabeta, as alterações foram mais sutis. A S 1000 R tem traseira estreita quando comparada à RR, e as alças de apoio da garupa agora ficam mais próximas do meio da moto. Em contrapart­ida, o assento para o passageiro está mais largo e o desenho da lanterna segue as linhas da peça da superespor­tiva. O painel é outro, mas, de forma geral, a diferença fica apenas por conta do mostrador digital maior. Luzes espias e uma shift light para auxiliar nas trocas de marcha se mantiveram iguais, assim como as rodas, escape e espelhos. Tanto no modelo carenado como nessa nova naked, o propulsor é um modelo de quatro cilindros em linha, de 999 cm³ com duplo comando de válvulas no cabeçote (DOHC) e arrefecido a líquido. A potência máxima, porém, é 30 cavalos menor, atingindo os 160 cavalos (a 11.000 rpm). De acordo com a BMW, a prioridade foi oferecer mais torque em baixos e médios regimes de rotação, o que resultou em 11,4 kgfm (obtidos às 9.250 rpm). Nos freios, há uma combinação já conhecida: disco duplo com 320 mm de diâmetro e pinça radial de quatro pistões na dianteira, e disco único de 220 mm de diâmetro com pinça flutuante de um pistão na traseira. O sistema Race ABS é de série e pode ser desligado. A S 1000 R é montada sobre um quadro de alumínio no qual o motor está ligeiramen­te inclinado para frente, de modo a fazer parte da estrutura. No quesito ciclística, a moto não abre mão da configuraç­ão comum de esportivas: garfo invertido (upside-down) na dianteira e balança convencion­al na traseira, ambos com 120 mm de curso,

A BMW S 1000 R une o melhor de dois mundos, tem o desempenho de uma esportiva carenada e o estilo que só uma naked proporcion­a

totalmente ajustáveis e com uma leve alteração na geometria para que a moto se comporte melhor como uma verdadeira naked. Já na parte de ergonomia, ela se destaca. A BMW abriu mão de uma postura mais agressiva e equipou a S 1000 R com um guidão alto, deixando-a com a posição de pilotagem mais agradável do que outras nakeds convencion­ais. Isso se reflete em um modelo ágil e que atende à demanda de viagens ou mesmo deslocamen­tos urbanos de maneira mais eficaz. De fábrica, a moto já vem com os freios ABS, controle eletrônico de estabilida­de e dois modos de mapeamento do motor para regular a entrega de potência: “Rain” e “Road”. Assim, quem optar pela versão “Sport”, leva para casa dois mapas extras (Dynamic e Dynamic Pro) e controle de tração (DTC). Já o pacote “Dynamic” acrescenta a esta lista a suspensão eletrônica semi-ativa DDC, manoplas aquecidas e outros mimos como piscas em LED e um spoiler protetor na parte de baixo do quadro pintado na cor da moto.

R NINE T

O modelo foi criado para comemorar os 90 anos da divisão de motos da empresa, completos em 2013, e aposta em linhas retrô. De acordo com a BMW, o objetivo foi produzir uma moto purista e minimalist­a, deixando apenas o essencial, abrindo espaço para que o modelo seja customizad­o. Buscou inspiração no primeiro modelo da marca, a R 32, de 1923, com a qual compartilh­a o estilo de motor, do tipo boxer com dois cilindros dispostos horizontal­mente. A moto possui conjunto moderno e o bicilíndri­co (o mesmo da geração anterior da R 1200 GS). Com 1.170 cc de cilindrada e refrigeraç­ão a ar, o motor rende bons 110 cavalos de potência a 7.750 rpm e 12,13 kgfm de torque a 6.000 rpm. O conjunto traz ainda um chassi totalmente novo, suspensões e freios modernos, inclusive, com sistemas ABS. O novo quadro, além de modular, abandona a suspensão dianteira que usa apenas um amortecedo­r das atuais motociclet­as da BMW para dar lugar a um garfo telescópic­o invertido com bengalas douradas, emprestado da S 1000 R, mas sem os ajustes. Já o subquadro, que sustenta o assento da garupa, tem fácil remoção, permitindo que se opte por uma configuraç­ão somente para o piloto. O escape tem saída dupla e assento monoposto, ao melhor estilo café racer, comum na década de 70. A velocidade máxima da Nine T é superior a 200 km/h e a moto faz de 0 a 100 km/h em 3,6 segundos. O clássico painel, com dois mostradore­s redondos, velocímetr­o e conta-giros, vem da naked R 1200 R. No centro dele existe uma tela de cristal líquido, mas sem a grande quantidade de informaçõe­s do computador de bordo (há apenas relógio, hodômetro, média de consumo e velocidade, além da autonomia). A Nine T foi baseada no conceito Ninety R 90 S, de 40 anos atrás.

Inspirada no primeiro modelo da marca, a R32, de 1923, a Nine T é moderna e minimalist­a nos detalhes, mas tem espaço para customizaç­ão

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