DEVOCÃO DE LUKA RIBEIRO COM O CLÃ
AO LADO DA FILHA EDA MULHER, GALÃ DOS ANOS 1990 FESTEJA SUA VIDA
Galã das novelas nos anos 1990, o ator e cantor Luka Ribeiro (48) comemora, hoje, um de seus maiores feitos: sua família, com quem tirou alguns dias de relax para curtir a natureza no Saison Spa, em Petrópolis, Rio de Janeiro. Ao lado da mulher,
“Sou casado há 17 anos e somos uma família simples.”
“Nunca fiz matéria mostrando a minha família. Esta é a primeira vez.”
Ariane Andrade (37), e da filha, Valentina Latuf de Noronha (10), ele aproveitou os momentos de tranquilidade na serra fluminense para fazer um balanço de sua carreira, que, segundo ele próprio, teve altos e baixos. Sempre agradecido à sua maior influenciadora, a mãe, Lady Hilda, nome artístico de uma das maiores vedetes do
teatro de revista de 1960 e 1970, já falecida, Luka olhou para os 23 anos de trajetória para planejar o futuro com suas maiores joias.
– Nunca mostrou sua família? – É a primeira vez. Sou casado com a Ariane há 17 anos, e temos uma filha linda. Somos uma família simples. Com muito amor e entendimento, procuramos
“Como pai, divido tarefas de casa e sempre procuro estar presente.”
criar a nossa filha dentro daquilo que acreditamos.
– Como é como pai?
– Dentro das minhas possibilidades, principalmente de tempo, procuro ser presente e dividir as tarefas. Busco na escola, na aula de dança, converso, oriento, vamos ao teatro, ao cinema.
– É único homem na casa...
– É algo gostoso e difícil ao mesmo tempo. Adoro conviver com elas. Amo as mulheres e as respeito muito. Fui criado pela minha mãe, Hilda Ribeiro, e fui muito próximo da minha avó Angélica Ribeiro, que faleceu no ano passado com 97 anos. O mais difícil é quando há qualquer rusga e elas se unem contra mim. (risos)
– Você já teve rótulo de galã. Como é estar maduro?
– Ganhei isso da imprensa e a maioria do público abraçou. No começo, fiquei surpreso e assustado. Eu era um rapaz da Ilha do Governador, zona norte do Rio. Aos poucos, entendi que, por ter porte atlético, ajudava a garantir esse título. Nunca fui contra. Hoje, com personagens sem este apelo, me libertei desse estereótipo e mostro, de fato, o meu trabalho.
– Como lida com os altos e baixos da carreira artística?
– Aprendi a superar esses momentos e entender que nem sempre somos a bola da vez. O principal é ter vocação e estudar sempre. Meu personagem Shabaka, na novela Jesus, da Recordtv, é prova disso. Altos e baixos são comuns na carreira, por isso é bom estar pronto para enfrentar qualquer fase.
– Como encara preconceito e o racismo no Brasil?
– Apesar de minha família ser negra, mãe e avó, as pessoas não me consideram, me chamam de moreno. Acredito que o racismo existe sim, forte, e, em muitas situações, de forma velada. Sou contra toda e qualquer forma de discriminação. Graças ao crescimento das mídias sociais, as ocorrências tornam-se evidentes e não ficam impunes.
– Tem um sonho?
– Poder viver da minha arte, com trabalhos frequentes e relevantes, e ter um Brasil mais justo, honesto e seguro. O
“Racismo existe. Sou contra toda e qualquer forma de discriminação.”