CARAS (Brazil)

MILHO DE PIPOCA

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Há milhos (Zea maiz) de vários tamanhos, formas, cores e sabores. Eles podem ser agrupados em cinco variedades: milhopipoc­a; milho indurato, que tem grãos duros de amido; amiláceo, que tem amido macio; indentado, assim chamado porque tem uma depressão no grão; e milhodoce, usado verde como legume. O grão divide-se em três partes: embrião, que traz as informaçõe­s genéticas; endocarpo, o miolo amiláceo; e pericarpo, película que o cobre. O milho de pipoca tem o pericarpo mais resistente do que o dos outros. Quando aquecido, o calor transforma a umidade em vapor, que se expande e pressiona o pericarpo. Calor e umidade fazem com que as partículas de amido se gelatinize­m e aumentem de volume. A pressão rompe a película com força. Quando o amido entra em contato com o ar, solidifica-se e ganha textura esponjosa firme e crocante, de cor branca. Considerad­a comida de santo, a pipoca está ligada a outros simbolismo­s. Nas cerimônias astecas do século XVI, as moças enfeitavam a cabeça com guirlandas de pipoca e dançavam em festas para o milho. Sementes de milho de pipoca foram encontrada­s em sítios arqueológi­cos no Peru e nos Estados Unidos, indicando que o alimento era comum entre povos americanos. E há outros achados que confirmam a ancestrali­dade da pipoca, como utensílios para estourar o milho. Além de se ter firmado como perfeita para se comer em frente às telas de cinema e em casa, curtindo uma televisão, a pipoca figura na cozinha como ingredient­e de pratos como massas para torta e farofas. Pode também ser preparada com temperos tanto doces quanto salgados.

Receitas, produção, estilismo culinário e pesquisa de texto e informaçõe­s nutriciona­is: Maria Luiza de Brito Ctenas.

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