OS TRIUNFOS DE VITOR KLEY NA VIDA E NA ARTE
NA ILHA, CANTOR CELEBRA A FASE MUSICAL E O ENCONTRO DE ALMAS COM CAROL
Écom os pés no chão, simplicidade e um alto-astral ímpar que Vitor Kley (26) tem escrito sua trajetória dentro e fora dos palcos. Após consagrar-se na cena musical com sucessos como O Sol, Adrenalizou e Morena, o cantor e compositor tem colhido os frutos de sua dedicação à carreira. Ele acaba de lançar o álbum A Bolha, recheado de canções inéditas e, de
“Apesar de tudo, sou o mesmo cara, nunca perdi a minha essência.” (Vitor)
quebra, foi indicado ao Grammy Latino na categoria Melhor Canção em Língua Portuguesa com A Tal Canção pra Lua, em parceria com Samuel Rosa (54). “Apesar de tudo, sou o mesmo cara, nunca perdi minha essência. Seria hipocrisia falar que não quero melhorar, que não quero ir além, mas é um desafio comigo mesmo e não uma competição com o outro. Quero levar minha arte aos meus fãs, sempre da
melhor maneira”, afirmou ele, em passagem pela Ilha de CARAS, no litoral de SP, antes da pandemia e ao lado da namorada, a atriz portuguesa Carolina Loureiro (28).
É Carolina, aliás, a responsável por trazer uma dose extra de inspiração para Vitor e, apesar da distância — literalmente um oceano, já que ela mora em terras lusas —, o casal está cada vez mais próximo e unido. “O amor não tem fronteiras. Por causa da pandemia, ficamos cinco meses sem nos ver e foi bem difícil, mas nesse período evoluímos como casal. Quando nos reencontramos, parecia que estava mais forte, afinal, é bom passar por desafios com quem amamos, porque une ainda mais”, atestou ele, que, assim que conseguiu, fez as malas e embarcou rumo a Portugal. Por lá, eles mataram a saudade e fizeram uma viagem de motorhome pelo país. “Foi uma das viagens mais incríveis da minha vida. Era só eu e ela, a gente sendo a gente”, resumiu ele. “É uma experiência que muda a cabeça das pessoas, porque realmente é algo simples. Fomos sempre só nós e a natureza. Isso é lindo!”, emendou Carol.
“Carol despertou em mim essa vontade de querer casar.” (Vitor)
– O álbum traz um novo Vitor? Vitor – Não é bem um novo Vitor, mas um Vitor que eu ainda não tinha conseguido mostrar. É um álbum que tem a minha verdade e que traz uma mistura de tudo. Quero que essa pandemia passe logo para fazer a turnê dele.
– Por falar em pandemia, o que fez no período de isolamento?
“O amor não tem fronteiras. Nesse período evoluímos como casal.” (Vitor)
Vitor – Foi um período meio maluco, né? Mas fiquei mais perto dos meus pais, compus e escrevi muitas coisas e voltei a fazer coisas que não fazia desde criança, como jogar videogame o dia todo.
– Como recebeu a notícia da indicação ao Grammy Latino?
Vitor – Sempre sonhei com isso, mas era um sonho distante. O Grammy é o ápice e vi vários caras que sou fã chegarem lá. Veio de surpresa e dá até um alívio, pois no mundo de hoje a gente escuta tanta coisa que não é boa que, quando vem uma notícia dessa, a gente vê que está no caminho certo.
– Você está na música desde a adolescência. Isso o ajudou a amadurecer mais rápido?
Vitor – Com certeza. Enquanto a galera que estudava comigo ainda não sabia o que fazer da vida, eu já estava tocando nos barzinhos e ganhando meus trocados.
– Existe um momento ou lugar ideal para compor?
Vitor – Às vezes, alguém fala algo e fico com aquilo na cabeça e as coisas vão surgindo, mas um bom momento é quando estou tomando banho. A água que cai na cabeça e a solidão do lugar ajudam.
– Já se acostumou com o assédio e a exposição do ofício?
Vitor – No começo foi difícil, porque eu queria cumprimentar todo mundo que se aproximava e, quando tinha muitas pessoas, eu não conseguia e me sentia mal por isso, mas com o tempo aprendi a lidar com isso. Somos todos iguais e estou ali desempenhando minha
profissão, falo minha verdade e não preciso fingir nada. As coisas ficaram mais leves depois que eu entendi tudo isso.
– Seu cabelo é uma de suas marcas registradas...
Vitor – Desde moleque tenho cabelo grande e, as duas vezes que cortei, me arrependi!
– Dá trabalho cuidar?
Vitor – Na verdade, eu não cuido muito! As pessoas acham que pinto, mas as mechas são do sol.
– Como vocês se conheceram? Vitor – Em fevereiro de 2019, fui dar uma das minhas primeiras entrevistas em Portugal e eu a vi passando pelo corredor. Eu não estava procurando ninguém, estava bem sozinho, mas sabe quando conecta? É algo parecido com compor, não tem explicação, só acontece. Ela é simples, discreta, reservada e eu estou amarradão!
– O fato de você e Carol serem artistas facilita a relação?
Vitor – Ajuda, porque ela entende os shows e eu vejo as novelas que ela faz, sem problemas!
“Tentamos ficar com o pensamento de que logo iríamos nos reencontrar.” (Carol)
– As viagens para matar a saudade são constantes, mas como foi no período do isolamento?
Carolina – Foi difícil, mas tentamos ficar calmos e com o pensamento de que logo iríamos nos reencontrar. Foram muitas noites que íamos deitar chorando e dormíamos com a chamada de vídeo ligada. Quando se ama, espera-se o tempo que for preciso.
– Pensa em morar no Brasil? Carolina – Gosto muito do País e meu lugar preferido é Balneário Camboriú. Eu me imagino morando lá, perto da praia. Hoje, estamos entre Brasil e Portugal, estamos cá e lá, mas quem sabe um dia não morarei aqui?
– Pensam em casamento? Vitor – Sou ligado à família, mas nunca pensei nisso. Porém, surgem pessoas na nossa vida que mudam essa visão e Carol despertou isso em mim. É lindo encontrar alguém que soma em nossa vida, mas, por enquanto, está tudo na nossa mente e coração.
Carolina – Casamento está nos nossos planos, óbvio! Mas ainda não marcamos nada. O